Morreu nesta quinta-feira no Hospital Estadual da Criança, em Feira de Santana, a recém-nascida encontrada dentro de um saco plástico em um terreno na cidade de Ipirá (BA). Segundo o hospital, bebê foi internado na madrugada de quarta-feira com traumatismo craniano e múltiplas lesões no corpo, e estava com quadro de hemorragia intracraniana e abddominal. O óbito foi declarado às 7h10.
Segundo a Polícia Civil, a mãe, de 29 anos, deu à luz em casa, colocou a criança em uma sacola plástica e a jogou em um terreno vizinho. A mulher foi presa e deve responder por abandono e infanticídio.
Ainda segundo a polícia, o bebê só foi descoberto porque, depois do parto, a mãe se sentiu mal e foi a um hospital. Ao ser examinada, o médico notou sinais da realização de um parto e perguntou pela criança. Como a mãe disse que não havia criança, o médico chamou a polícia.
A criança foi localizada ainda com vida, em um terreno vizinho à casa da suspeita. O bebê foi levado para um hospital em Ipirá e como o estado era grave foi transferido para o Hospital Estadual da Criança, em Feira de Santana.
Em depoimento à polícia, ela teria dito que não sabia que estava grávida e que o parto havia ocorrido enquanto ela urinava. O pai da criança, no entanto, também em depoimento à polícia, afirmou que a mulher sabia da gravidez.
O corpo do bebê foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) para necrópsia.
Caso no Pará
Em Belém, um bebê do sexo masculino foi abandonado pela mãe, uma jovem de 20 anos, no quintal de um vizinho. A criança foi encontrada na manhã de 25 de dezembro, quando o vizinho ouviu o choro do recém-nascido e acionou o Serviço Móvel de Urgência e Emergência (Samu).
A criança passou cerca de 12 horas dentro de uma sacola plástica e chegou ao hospital apresentando escoriações e hematomas no rosto e na perna. O bebê está internado na Unidade de Cuidados Intermediários (UCI) da Santa Casa e deve ficar em observação tomando antibióticos por mais 10 dias.
A mãe disse que escondeu a gravidez e largou o bebê no quintal do vizinho porque ficou com medo da reação da família. Depois se disse arrependida e luta agora para conseguir a guarda do filho, mas pode responder por abandono de incapaz, lesão corporal e, eventualmente, até por tentativa de homicídio.
Até a definição da Justiça sobre a guarda da criança, o bebê ficará sob a responsabilidade do Conselho Tutelar.