O jornalista Ruy Mesquita, diretor do jornal O Estado de S. Paulo, morreu ontem à noite, aos 88 anos, em São Paulo. Ele foi internado no dia 25 de abril no Hospital Sírio-Libanês após o diagnóstico de um câncer de base de língua.
Último remanescente da terceira geração de jornalistas que dirigiu o "Estado", ele foi um liberal conservador que manteve a tradição do pai e do avô de jogar o peso institucional dos jornais da família contra projetos populistas e autoritários. Ruy começou a trabalhar no "Estado" em 1948, mas só assumiria o primeiro cargo de responsabilidade em 1953, quando passou a responder pela editoria de Internacional, na época a mais importante do jornal. Permaneceu na função até assumir a direção do extinto Jornal da Tarde.
Enquanto trabalhava como editor do "Estado", Ruy Mesquita, junto com seu pai e outros membros da família, participou da conspiração que depôs o então presidente João Goulart em março de 1964. Mesquita passou a se opor à ditadura após o Ato Institucional nº 5 de 1968, que endureceu o regime. Ruy exerceu o cargo de diretor do Jornal da Tarde até janeiro de 1996. Seis meses depois, assumiu a direção do "Estado", após a morte de seu irmão mais velho, Júlio de Mesquita Neto.
De hábitos reclusos, Ruy dividia seu tempo entre o jornal e a casa, onde se dedicava a leituras. Deixa a mulher, Laura Maria Sampaio Lara Mesquita, os filhos Ruy, Fernão, Rodrigo e João, 12 netos e um bisneto.
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