O tenente-coronel aposentado da Polícia Militar Luiz Nakaharada, acusado de matar cinco presos no massacre do Carandiru, morreu na noite de sábado em sua casa, em São Paulo.
De acordo com a PM, o oficial foi vítima de um infarto e morreu por volta das 23h30. Seu corpo será enterrado hoje, às 16h, no Cemitério Gethsêmani, no Morumbi, zona sul da cidade.
Nakaharada, que era o único coronel acusado no processo do Carandiru, morreu antes de ser julgado. Os dois principais protagonistas do massacre, o coronel da PM Ubiratan Guimarães e o então diretor da Casa de Detenção de São Paulo, José Ismael Pedrosa, foram assassinados.
No dia do massacre, ele era tenente-coronel e chefe do 3º Batalhão de Choque, e comandou 74 policiais e 13 cães que invadiram o presídio do Carandiru.
O tenente-coronel foi acusado por sobreviventes, e depois pelo Ministério Público, de ter matado cinco detentos com uma metralhadora dentro do pavilhão 9.
Nakaharada também foi um dos criadores da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar). Em 2007, a Câmara Municipal de São Paulo concedeu-lhe o título de "Cidadão Paulistano", por iniciativa do vereador Jooji Hato (PMDB).
À época, Hato justificou a concessão do título pelo trabalho feito por Nakaharada na Lapa (zona oeste) na implementação da lei seca.