O primeiro trabalho de remoção de casas em áreas de risco no Rio, já tem data e local para começar. Segundo o prefeito Eduardo Paes, cerca de 300 famílias do Morro do Urubu, em Pilares, no subúrbio, terão suas casas demolidas na próxima segunda-feira (12).

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"A situação é impressionante. Tivemos sorte", resumiu o prefeito em seu Twitter, após vistoria no local.

De acordo com Paes, os imóveis já foram interditados pela Defesa Civil e as famílias já começaram a deixar o local. Ele afirma ainda que, na região, o terreno encharcado tornou-se instável, causando danos e rachaduras nos imóveis.

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"Começamos com a retirada de famílias que estavam em área de risco no Morro do Urubu, para que seja feito o reassentamento. E vamos avançar nisso a partir de semana que vem, quando eu vou anunciar todas as áreas que terão reassentamento. Vamos apresentar alternativas e dialogar com as diversas comunidades, em todas as áreas da cidade", disse ele.

O prefeito afirmou ainda que, a partir da próxima semana, as famílias receberão da Secretaria municipal de Habitação, um aluguel social de R$250 mensais, até que sejam reassentadas definitivamente.

Morro dos Prazeres

No Morro dos Prazeres em Santa Teresa, no Centro do Rio, cerca de 300 casas foram interditadas e 1.200 pessoas já foram retiradas de suas casas. Segundo o Corpo de Bombeiros, 28 vítimas fatais foram encontradas até o momento no local.

Durante todo o sábado (10), 72 bombeiros procuraram por mais corpos que sumiram sob a avalanche de terra. Segundo os bombeiros, cinco pessoas ainda estão desaparecidas. Entre elas, uma adolescente de 13 anos, uma criança de 4 anos e um bebê de 8 meses.

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Entre 1995 e 2002, a prefeitura do Rio gastou R$ 26 milhões em obras na comunidade. Foram feitas a abertura de novas ruas, a construção de escolas, creches, postos de saúde e áreas de lazer. Em valores da época, foram gastos quase R$ 78 mil por domicílio.

No entanto, por causa do risco de novos deslizamentos, a prefeitura baixou um decreto para retirar todos os moradores que vivem no local. As famílias devem ser encaminhadas para a casa de parentes ou abrigos do município. Depois, os desabrigados serão reassentados.