São Paulo - A taxa de mortalidade infantil no Brasil caiu 61,7% nas últimas duas décadas, segundo estudo divulgado pela revista The Lancet. Embora tenha subido nove posições no ranking internacional, o país ainda permanece na 90.ª posição, com índices bem mais altos que os registrados em países desenvolvidos.
As mortes de crianças entre 0 e 5 anos no Brasil passaram de 52 por mil nascimentos em 1990 para 19,8 por mil em 2010. A taxa anual de redução entre 1970 e 2010 foi de 4,8%. Se continuar nesse caminho, o país tem chance de atingir antes de 2015 uma das metas do milênio: reduzir em dois terços a mortalidade infantil.
Para Marcia Furquim de Almeida, professora da Faculdade de Saúde Pública da USP, a melhora dos índices brasileiros é explicada pela expansão da assistência médica e pela interiorização da atenção básica promovida pelo Programa de Saúde da Família. Ela destaca ainda a redução da desnutrição e das doenças infecciosas. "Os principais gargalos do país são as regiões Norte e Nordeste, onde estão os piores índices", avalia.
Apesar do avanço, o Brasil ainda está bem atrás de países europeus como Islândia e Suécia, onde a taxa é menor que 3 por mil nascimentos. O Brasil também perde na comparação com outros países em desenvolvimento, como Chile (6,48 por mil), Argentina (12,8 por mil), China (15,4 por mil) e México (16,5 por mil).
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