Interior
Maringá reduz número de óbitos e Londrina intensifica monitoramento
Em 2010, o Ministério da Saúde computou uma taxa superior a 40 óbitos maternos a cada 100 mil bebês nascidos vivos em Maringá. Mesmo assim, o secretário de Saúde da cidade, Antônio Carlos Nardi, afirma que há reduções no índice, ano a ano.
No ano passado, diz o secretário, a taxa caiu para 10 mortes a cada 100 mil nascimentos. Para reduzir 75% o índice de mortes maternas proposta pelos objetivos do milênio a cidade deve alcançar até 2015 uma média de 5 óbitos a cada 100 mil nascidos.
"Estamos desenvolvendo diversas ações em parceria com o governo do estado para conscientizar as mães da importância do pré-natal e sobre o parto normal", salienta.
Londrina
Para reverter a situação, Londrina intensifica o monitoramento de grávidas, focando no pré-natal e em exames que possam apontar doenças congênitas. Segundo Rosângela Libanori, do núcleo de informação de mortalidade da Secretaria Municipal de Saúde, o programa do governo estadual Mãe Paranaense lançado oficialmente há quase um ano contribui para melhorar a saúde materna. "As mães fazem todo o pré-natal e recebem toda orientação. Se for alguma gravidez de risco, há hospital de referência para o atendimento. Cumprimos todo o protocolo", ressalta.
As três maiores cidades do Paraná estão entre as 39 do estado que ainda não atingiram a meta estipulada pelos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) para reduzir a mortalidade materna. A mil dias para o fim do prazo para o cumprimento do que foi previsto, os últimos dados do Observatório de Indicadores de Sustentabilidade (Orbis), de 2010, mostram que Curitiba, Londrina e Maringá não deverão reduzir em 75% o número de óbitos registrados em 1990 até 2015.
No entanto, nos últimos dois anos as secretarias municipais de Saúde indicam que houve um avanço rumo ao cumprimento do índice.
Em todo o estado, a taxa precisa cair de 90,5 óbitos maternos (registrada em 1990) para 22 a cada 100 mil bebês nascidos vivos em 2011 o índice foi de 51. São considerados como mortalidade materna óbitos de gestantes ou de mães que morreram até 42 dias após o parto.
Na capital do estado, segundo levantamento do Orbis, embasado em informações do Ministério da Saúde, a taxa de mortalidade materna em 1990 era de 56,5 para cada 100 mil nascimentos e em 2010 caiu apenas 2% passando para 55,23. Para alcançar a meta, a taxa deve ser de 14. A situação de Maringá é ainda mais preocupante. Ao invés de o índice cair, foi constatado um aumento nos últimos 20 anos. Londrina registrou uma redução mais significativa: 23%. No entanto, para atingir a meta do milênio o município precisa registrar uma taxa de 18 mortes a cada 100 mil nascidos vivos. Em 2010, o índice foi de 57,8.
Curitiba
Com o programa Mãe Curitibana em vigor desde 1999, Curitiba continua lutando para reduzir o índice de óbitos maternos. Segundo dados que ainda não foram publicados pelo Ministério da Saúde, em 2012 a cidade registrou um índice de 23,9 mortes para cada 100 mil nascimentos. A informação é do diretor do Centro de Epidemiologia da Secretaria de Saúde da cidade, Moacir Pires Ramos. Ele acredita que a meta será cumprida até 2015.
Segundo Ramos, o município pretende aprimorar o serviço prestado pelo Mãe Curitibana. A ideia é adaptar o programa à Rede Cegonha, do governo federal.
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