Em 1974, os óbitos de crianças menores de 5 anos representavam 35,6% do total de mortes registradas no país; em 2014, a proporção era de 3,1%. Os dados são da publicação Estatísticas do Registro Civil, divulgada nesta segunda-feira, 30, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O menor nível de fecundidade das mulheres contribuiu para essa mudança.
A publicação do IBGE mostra ainda que, ao longo dessas quatro décadas, a média nacional dos registros de nascimentos tardios de crianças (com até três anos de atraso) diminuiu de 26,1% para 3,2%. No entanto, esse indicador permanece alto nas regiões Norte e Nordeste: enquanto em São Paulo é de 0,5%, no Acre chega a 17,7%.
A gravidez na adolescência vem caindo na última década: o porcentual de nascimentos em que a mãe tinha de 15 a 19 anos era de 13,9% em 1984, chegando a 21,7% em 2002 e passando a 17,8% em 2014. No Norte estão os índices mais altos, 23,8%. Já a maternidade entre 30 e 34 anos saiu do patamar de 15%, há 40 anos, a 20%, em 2014. Na faixa de 35 a 39 anos, a proporção se alterou de 7,4% para 10%. A maior parte das mulheres tem filhos entre 20 e 24 anos e isso pouco mudou de 1976 (quando essa informação passou a ser investigada pelo IBGE) para cá.
O número oficial de nascimentos de bebês em 2014 foi de 2,9 milhões, 2,9% a mais do que em 2013. A série histórica revela que 1982 foi um ano de pico, quando nasceram 3,1 milhões de brasileiros. Em relação ao local de nascimento, em somente 0,7% dos casos a mãe deu à luz o bebê em casa - foram 20.998 partos (em 2014).
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