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A morte da missionária americana Dorothy Stang completa quatro anos nesta quinta-feira (12). Ela foi assassinada em Anapu (PA). Para marcar a data, representantes do comitê Dorothy Stang vão se reunir com representantes do Tribunal de Justiça do Pará.

Entre os pedidos, está a anulação do julgamento do fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, conhecido como Bida. Ele é acusado de ser o mandante do crime e foi absolvido no ano passado, depois de ter sido julgado pela segunda vez.

Os manifestantes também querem o julgamento imediato de Regivaldo Galvão, o Taradão, também apontado pelo Ministério Público como responsável pelo assassinato da missionária.

Em Anapu, será celebrada uma missa pelo bispo D. Erwin Krauteler, que já foi ameaçado de morte.

Assentamentos

A americana Dorothy Stang foi morta a tiros em fevereiro de 2005 em Anapu (PA). Segundo a Promotoria, a missionária foi assassinada porque defendia a implantação de assentamentos para trabalhadores rurais em terras públicas que eram reivindicadas por fazendeiros e madeireiros da região.

Dorothy trabalhou durante 30 anos em pequenas comunidades da Amazônia pelo direito à terra e à exploração sustentável da floresta. Ela foi uma das idealizadoras dos Projetos de Desenvolvimento Sustentável (PDSs), um modelo de assentamento de reforma agrária adequado à região amazônica.

A morte da religiosa teve repercussão internacional. A Polícia Civil recebeu reforço da Polícia Federal e das Forças Armadas para procurar os assassinos. Mais de 2 mil homens participaram das buscas. Cinco pessoas foram acusadas de envolvimento na morte de Dorothy Stang.

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