O italiano Giovanne Rossi, 34 anos, morto na semana passada, no Centro de Curitiba, investigava um possível rombo financeiro no condomínio do prédio em que ele era síndico, informou a Delegacia de Homicídios ontem. Para a polícia, o crime pode ter relação com uma auditoria de gastos do condomínio pedida pela vítima.
A hipótese de o crime ter ocorrido por causa de uma tentativa de roubo está praticamente descartada, segundo o delegado Rubens Recalcatti. "Conversamos com novas testemunhas e levantamos outros fatos, e essa possibilidade enfraqueceu bastante", declarou. Segundo o delegado, de acordo com as informações levantadas até ontem, o responsável pelo disparo não queria matar a vítima na rua. "Ele queria arrastar o italiano e o irmão dele para o carro, mas acabou atirando ali mesmo", disse.
Conforme o delegado Cristiano Quintas, a vítima também estava envolvida em diversos processos judiciais. "São desavenças judiciais, processos contra ele e feitos por ele", afirmou. O motivo dos processos não foi divulgado. A possibilidade de crime passional também não foi descartada pela polícia. Um representando do consulado italiano esteve na Delegacia de Homicídios para acompanhar as investigações, de acordo com Quintas. O corpo da vítima será transportado para a Itália hoje.
O crime
Giovanne Rossi estava saindo de um restaurante na Rua Emiliano Perneta com o irmão, na tarde do dia 21, quando um homem se aproximou. Uma testemunha que estava do outro lado da rua contou aos investigadores que o suspeito tentou segurar os irmãos, mas, em poucos segundos, atirou contra Rossi.
Em seguida, o criminoso correu em direção à Rua Lamenha Lins, onde outro homem o aguardava em um Golf preto, com teto solar. O veículo seguiu em direção à Praça Oswaldo Cruz, no Rebouças. O veículo ainda não foi identificado.
Rossi foi levado para o Hospital Evangélico. Lá, passou por uma cirurgia e ficou internado na UTI até a manhã do dia seguinte, quando morreu. A vítima morava no Brasil havia dois anos.
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