A morte de Zilda Arns não repercutiu apenas no noticiário brasileiro. Sua morte e o valor de sua militância também tiveram destaque em diversos idiomas por meio de periódicos em vários países. O trabalho desenvolvido com a Pastoral da Criança foi relatado em inglês, espanhol, francês, italiano e até em croata, holandês, lituano e tcheco. O jornal britânico Telegraph e o português Público chegaram a mencionar que Zilda foi comparada algumas vezes a Madre Teresa de Calcutá pela preocupação que tinha com as crianças.

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Enquanto o jornal equatoriano El Comercio nomeou Zilda como "defensora brasileira das crianças e dos adolescentes", o El Periódico de México dizia que "uma das maiores mulheres da história do Brasil morre no Haiti". Adjetivos engrandecedores não faltaram à mulher "que dedicou sua vida à caridade", como reforçou o jornal tcheco Novinky. Zilda foi mencionada como uma renomada missionária que lutava contra a desnutrição infantil, pela Radio Te­­levisión Española; uma histórica defensora dos direitos das crianças, pelo venezuelano El Uni­versal; uma figura emblemática do Brasil, pela Rádio França Internacional.

A agência internacional de notícias católicas Zenit dizia, em alemão, que a dedicação de Zilda salvou muitas vidas ao difundir ações de caridade em vários países da América Latina, África e Ásia desde a década de 1980. Já o jornal alemão Bistum Trier ressaltou a ligação de Zilda com a cultura germânica e as visitas que ela havia feito ao país. A morte também foi mencionada em veículos como Glas Koncila (Croácia), El Heraldo (Honduras), La Nación (Paraguai), Radio Netherlands Worldwide (Holanda), Corriere della Sera (Itália), Lrytas (Lituânia) e Ekai (Polônia).

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O jornal espanhol El País começou seu artigo dizendo: "O Brasil está de luto". O texto afirma que Zilda era uma das pessoas mais respeitadas do país devido a seu incansável trabalho pelas crianças. Na mesma linha, o Cuba Debate mencionou que ela era uma referência e lembrou os prêmios que havia ganho – dentre eles, um concedido pelo rei Juan Carlos, da Espanha, em 2005, e a medalha de direitos humanos da entidade judaica B’nai B’rith, em 1999. Um blog do norte-americano The Wall Street Journal encerrou uma homenagem a Zilda com uma frase que ela disse em 2007: "As crianças são sementes de paz ou violência para o futuro, depende de como elas são tratadas e encorajadas."

Veja também
  • Solidariedade, a lição de Zilda