O número de mortes nas rodovias federais que cortam o Paraná caiu 48,8% na comparação entre julho de 2008 e o mesmo mês do ano passado. A informação é da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que divulgou nesta sexta-feira (1º) o primeiro relatório de ocorrências registradas nas BRs paranaenses desde que a ‘lei seca’ entrou em vigor, no final de junho.

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A quantidade de óbitos em acidentes de trânsito nas rodovias federais do Paraná caiu de 45 em julho do ano passado para 23 neste ano, e representa uma proporção de queda bastante superior à média nacional, de 14,5%. "A redução no número de acidentes reflete a importância de punições mais rigorosas pela PRF do estado", diz o inspetor Fabiano Moreno, chefe do Núcleo de Comunicação Social da PRF no Paraná.

Moreno explica que outros fatores poderiam contribuir para o aumento no número de ocorrências graves, mas que a implantação da lei que proíbe a direção com concentração de qualquer quantidade de álcool no sangue reduziu a ocorrência de acidentes com vítimas.

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"Tivemos aumento na frota circulante devido ao bom tempo e à economia aquecida, o que acarretou em elevação no número de acidentes", diz. O número total de acidentes registrados em julho de 2007 foi de 606, enquanto este ano, as estradas federais tiveram 728. "Esse aumento, no entanto, é proporcional ao aumento da frota circulante e aparece refletido apenas nos acidentes sem vítimas, ou seja, aquele de menor gravidade".

Em 2008, foram registrados 426 acidentes sem vítimas no mês de julho contra 290 no ano passado. O número de acidentes com vítimas, contudo, caiu, de 286 para 279. O número de feridos também caiu, de 477 para 401.

O número de autuações subiu de 3.310 para 4.344, embora, segundo Moreno, a fiscalização tenha se mantido com o mesmo rigor. "A quantidade de autuações cresceu por causa da maior quantidade de pessoas que agora se enquadram no perfil de infrator", afirma. Outros dados que tiveram elevação foram a quantidade de carteiras de habilitação recolhidas (85 para 109) e de detidos por crime de trânsito (16 para 37), também em conseqüência do maior rigor da lei seca, segundo a PRF.

Também chama atenção a redução no número de multas por radar fotográfico, que caíram de 11.716, em 2007, para 8.613, neste ano, apesar do aumento na quantidade de radares instalados. "Isso mostra que os motoristas ficam coagidos a cometer novas infrações quando o risco de punição é maior", diz. "Com isso, cai a quantidade de pessoas que dirige acima da velocidade permitida".

Em todo o país

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Em 2008, a PRF registrou o menor número de mortes em rodovias federais durante o mês de julho, período de férias escolares, em quatro anos. A quantidade de mortos caiu 14,5% em relação à mesma época de 2007. Nos 31 dias do mês, foram registrados 10.500 acidentes, com 530 mortos e 6.005 feridos. No ano anterior, foram contabilizados 10.531 acidentes, 620 mortos e 6.433 feridos.

Em nota divulgada à imprensa, a PRF afirma que não tem dúvidas de que a chamada ‘lei seca’, que tornou mais rigorosas as punições para quem bebe e dirige, teve forte influência nos resultados. "O mês de julho apresentou todas as condições para que a quantidade de acidentes disparasse. O tempo bom na maior parte das regiões do país, o aquecimento da indústria automotiva e o turismo interno em alta foram incentivadores para que muitas famílias brasileiras procurassem o transporte terrestre para as viagens de férias", diz a nota.

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