Em 30 dias de julho, com a lei seca em vigor, o número de mortes nos 1.115 quilômetros de rodovias federais paulistas caiu 20% em comparação com o mesmo período do ano passado - de 35 em 2007 para 28 neste ano, conforme dados da Polícia Rodoviária Federal compilados na quinta-feira (30). Também foi verificada queda de 12,6% no número de acidentes: em julho do ano passado foram 939, ante 820 neste ano. O balanço de acidentes, prisões e autuações em todo o País desde que a lei seca entrou em vigor, em 20 de junho, serão divulgados na sexta-feira (1), em Brasília.

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A exemplo do verificado nas rodovias estaduais, os acidentes nas estradas federais de São Paulo também apresentavam tendência de alta, que foi interrompida desde que a lei seca entrou em vigor. O número de acidentes, entre maio e julho de 2007, subiu 16,20%, de 808 para 939. No mesmo período de 2008, porém, verifica-se queda de 16,53% - 983 em maio deste ano para 820 em julho. Com isso, além da queda no número de mortos, verificou-se também diminuição no número de feridos: houve um aumento de 71% entre maio e julho de 2007 (de 307 para 525) e uma redução de 10,9% neste ano (de 384 para 342).

"Os números ficam ainda mais favoráveis quando se pensa que a frota do Estado aumentou em relação ao ano passado", afirma o inspetor Edson Varanda, da Polícia Rodoviária Federal. "A maioria dos motoristas alcoolizados dirige próximo de trechos urbanos, como na Via Dutra e na Fernão Dias. A maior parte dos acidentes graves ocorre por ali."

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Um dado, porém, causa preocupação no comando da PRF do Estado: em um mês, entre 20 de junho e 20 de julho, foram presos 47 motoristas por embriaguez ao volante nas rodovias federais em São Paulo - média de 1,5 por dia. Em apenas sete dias, porém, entre 21 e 28 de julho, outros 15 motoristas foram presos, numa média de 2,1 detenções por dia no Estado no período.

"Não houve intensificação de fiscalização nesses dias. O que podemos concluir é que, mesmo com redução em todos os índices de acidentes após a entrada em vigor da lei seca, muita gente ainda tem de se conscientizar", afirma Varanda.

SANÇÕES - Pela Lei 11.705, sancionada em 19 de junho pelo presidente Lula, com 2 decigramas de álcool por litro de sangue ou 0,1 miligrama por litro de ar expelido, o motorista recebe multa de R$ 957,70, perde a habilitação e tem o veículo apreendido.

Caso seja flagrado com 6 decigramas de álcool por litro de sangue ou 0,3 miligramas por litro de ar, responde criminalmente, sujeito a até 3 anos de prisão, mas com direito a pagamento de fiança.

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