O confronto de gangues formadas por adolescentes na Vila Sabará, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), começou antes da morte de um estudante, em 1.º de novembro deste ano. Detalhes de investigações realizadas pela Delegacia de Homicídios e divulgados ontem atribuem outras duas mortes ao confronto. Cinco assassinatos e seis baleados estão ligados à disputa. Doze pessoas acusadas de envolvimento foram identificadas pela polícia. Entre eles, um adolescente de 16 anos, apontado como o principal "matador".
Segundo o delegado Rubens Recalcatti, chefe da Delegacia de Homicídios, a raiz do confronto entre as gangues está na disputa por territórios e espaços urbanos, mas esses grupos acabaram sendo usados pelo tráfico de drogas. Josiel Barbosa, de 29 anos, o "Cadeirante", é acusado de ter determinado pelo menos dois assassinatos e de fornecer armas aos adolescentes. Ele está preso desde o dia 15 de novembro.
A polícia identificou três grupos: o Cidade de Deus (CDD), o Comando Corbélia e o Comando Sabará. Uma das principais "peças" do confronto é um adolescente de apenas 16 anos. Integrante do Comando Corbélia, ele aparece, ora como autor ora como vítima, em seis das sete ocorrências atribuídas à disputa. "Apesar da pouca idade, ele era o principal matador do grupo e integrante influente no comando, mas que era usado pelo Cadeirante nesse confronto", disse Recalcatti.
O adolescente foi vítima de um atentado no dia 19 de novembro e, desde então, permanece internado em estado grave no Hospital do Trabalhador. Na ocasião, o jovem tentou se esconder dos atiradores em uma lanchonete e um menino de 11 anos foi atingido por balas perdidas e morreu.
Novas mortes
A polícia descobriu outros três atentados que fariam parte da disputa entre as gangues de adolescentes. O primeiro caso ocorreu no dia 22 de abril, quando Clóvis da Silva, de 22 anos, foi assassinado a tiros na Vila Corbélia, ao lado da Sabará. Segundo Recalcatti, o adolescente de 16 anos é apontado como autor deste crime.
No dia 5 de outubro, dois jovens foram baleados em frente a um colégio. Um deles ficou paraplégico após o ataque. "Eles foram atingidos por engano, o alvo deveria ser outro adolescente", disse o delegado. O mesmo adolescente é acusado do assassinato do vigilante José Vailton do Nascimento, de 51 anos, no dia 19 de outubro.
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