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Saúde

Mortes por gripe A sobem de 14 para 23

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Desde o começo deste ano, 23 paranaenses já perderam a vida por causa da gripe A (H1N1). Nove mortes em decorrência da doença foram confirmadas no estado nos últimos sete dias. Destas, cinco foram registradas na última semana e outras quatro ocorreram em períodos anteriores, mas ainda não haviam sido confirmadas oficialmente pelas autoridades como vítimas da doença. Os novos óbitos representam um aumento de 64,2% em relação ao número de mortes confirmadas até o início da semana passada.

Os números fazem parte do boletim semanal divulgado na tarde de ontem pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). O documento também mostra que o Paraná teve mais 172 casos da doença confirmados ao longo da última semana: um aumento de 29,2% em relação aos que estavam registrados até a semana anterior. Com isso, já são 760 paranaenses contaminados com a gripe A.

Os casos confirmados estão espalhados por 138 cidades. Curitiba está no topo da lista, com 137 pessoas contaminadas. Em seguida, aparecem Ponta Grossa, com 61 confirmações, e Foz do Iguaçu, com 53. Pato Branco (com 49), Campo Mourão (26), São José dos Pinhais (22) e Jaguariaíva (22) vêm na sequência.

O superintendente de Vigi­lância em Saúde do Pa­raná, Sezifredo Paz, aponta que, apesar do avanço da doença no estado, "não há motivo para pânico". Com base na análise dos óbitos, ele atribui as mortes a dois fatores: à demora das vítimas em procurar atendimento; e a outras doenças que agravam o quadro dos pacientes confirmados com a gripe A.

Para Paz, a chave para o controle da doença é o diagnóstico rápido. A partir desta confirmação, os médicos têm condições de ministrar um tratamento mais eficiente e barrar os efeitos. "A partir dos primeiros sintomas de gripe, as pessoas já devem procurar um médico. Tomando o antiviral [oseltamivir, de nome comercial Tamiflu] nas primeiras 48 horas, o quadro evolui para cura", observa o superintendente.

Além da recomendação de busca imediata pelo atendimento, a Sesa relembra que, para evitar a transmissão, cuidados simples podem ser adotados: lavar sempre as mãos ou higienizá-las com álcool gel, cobrir o nariz e boca ao tossir ou espirrar e manter ambientes ventilados. "A situação é diferente em relação a 2009. Temos 25% da população imunizada, temos o antiviral e uma rede de saúde preparada para enfrentar os casos", assegurou. Em 2009, o Paraná registrou mais de 80 mil pessoas contaminadas e mais de 350 mortes.

Distribuição dos casos

A análise por faixa etária aponta que a maioria dos casos, 40,2% (306), estão entre pessoas de 20 a 49 anos de idade. Em seguida, 25,9% das confirmações (197) se encontram entre paranaenses entre 10 e 19 anos. As duas faixas são consideradas as mais críticas. O boletim demonstra ainda um equilíbrio entre homens e mulheres: 50,2% das confirmações são de pessoas do sexo feminino e 49,2%, do sexo masculino.

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