Um morador de rua morto, em 2008, e enterrado no cemitério de Campo Mourão, na Região Centro-Oeste do estado, foi julgado e condenado em sessão do tribunal do júri da cidade, ocorrida durante esta semana. O equívoco judicial só foi corrigido no dia seguinte, após um jornal da cidade publicar matéria sobre a condenação. Familiares do morto informaram que ele já havia morrido há quase quatro anos. Hildo Francisco de Oliveira foi condenado a seis de reclusão pelo assassinato de outro morador de rua em 1997.
Réu confesso no processo, Oliveira morreu em decorrência de problemas cardíacos em 2008 no município de Juranda, a 75 quilômetros de Campo Mourão. O equívoco judicial teria ocorrido por ausência de informações dos registros de óbitos.
Segundo o promotor da vara criminal, Fernando Augusto Sormani Barbugiani, que atuou na acusação de Oliveira, após a informação veiculada da morte do condenado na imprensa, o cartório criminal de Campo Mourão conseguiu a confirmação da morte. Com isso, o morto condenado deverá ter a pena extinta, de acordo com o artigo 107 do Código Penal.