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Além dos cinco feridos registrados em Foz do Iguaçu, a rebelião na Cadeia Pública Laudemir Neves, que durou 24 horas, deixou o saldo de dois carros queimados e dois danificados. Seis grades de celas acabaram sendo arrancadas e várias paredes foram quebradas, de onde os detentos arrancaram pedaços de pedra para jogar na polícia. Os presos jogaram colchões com fogo no carro de um policial militar e em uma viatura da Polícia Civil.

Com o fim da rebelião, os detentos permitiram apenas a entrada da Polícia Civil na cadeia. A unidade estava sem luz e água. Apesar de os detentos terem mostrado faixas com as siglas do PCC (Primeiro Comando da Capital) e do PCP (Primeiro Comando do Paraná), os policiais não acreditam na ligação com as facções criminosas. O que teria motivado os detentos foi superlotação da cadeia, que abriga 819 pessoas, apesar de ter capacidade para apenas 350.

Segundo o juiz da Vara de Execuções Penais de Foz do Iguaçu, Lourenço Chemim, as providências para diminuir o número de presos começaram a ser tomadas com a transferência de 80 detentos para a Colônia Penal Agrícola, em Curitiba, entre abril e início de maio. O juiz aguarda vagas para remover outros 170 detentos acusados de crimes hediondos. "Já iniciamos o trabalho para reduzir a população carcerária. Mas como Foz é rota do tráfico, ocorrem muitas prisões", disse o juiz. A transferência dos líderes da rebelião, que até o fim da tarde não haviam sido identificados, também depende da existência de vagas. Chemim aguarda a construção da Casa de Custódia de Foz do Iguaçu, com inauguração prevista para o próximo ano. Dos 819 presos da cadeia, 100 são mulheres, a maioria detida por tráfico de drogas. Dos homens, 42% estão presos por tráfico de drogas e 25% por furto, roubo e receptação de veículo. Cerca de 100 presos estão condenados. (DP)

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