Cerca de 30 motofretistas fizeram uma nova reunião na sede da Urbanização de Curitiba S.A. (Urbs), na manhã desta quarta-feira (22), para discutir o cadastro obrigatório que terão que fazer para trabalhar em Curitiba. Ao contrário da última sexta-feira (17), quando houve uma série de protestos pelas ruas da capital, o encontro dessa quarta-feira foi sem nenhuma manifestação.
De acordo com a assessoria da Urbs, a categoria entregou um documento com as principais reivindicações dos motociclistas. Segundo o presidente do Sindimotos, Robson Prado, os funcionários são favoráveis com a organização da atividade de motofrete para que seja regulada, como é feito com os serviços de táxi e transporte escolar.
O principal ponto que os motociclistas discordam da municipal 11.738/06, que trata do cadastramento, é quanto a pintura obrigatória da moto, para diferenciá-las das demais que rodam pelas ruas curitibanas. Os motofretistas também querem discutir as taxas que precisarão pagar para se adequar a lei municipal e continuar trabalhando na cidade.
Para o presidente da Urbs, Marcos Isfer, todas as reivindicações dos motociclistas que estejam de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e que não afrontem nenhuma lei serão vistas e analisadas a possibilidade de implantação. Além de Isfer, o diretor de Transporte da Urbs, Fernando Ghignone, também participou da reunião desta quarta-feira com os motofretistas. Na sexta-feira (24), pela manhã, haverá um novo encontro entre os motociclistas e os representantes da Urbs.
Serão analisados ponto a ponto do documento entregue nesta quarta-feira pela categoria. A ideia da Urbs é o quanto antes deixar mais ágil esse processo de cadastramento dos motofretistas.
Cadastramento
De acordo com a assessoria de imprensa da Urbs, mais de 1.300 motofretistas compareceram para fazer o cadastramento desde o dia 7 abril, quando começou a valer a lei . Nestas primeiras semanas 60 cadastros já foram feitos e os profissionais estão prontos para fazer o curso obrigatório previsto pela regulamentação da atividade.
O curso será ministrado a partir de maio pelo Serviço Social do Transporte/Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Sest/Senat) em parceria com a Urbs e Ministério do Trabalho. O cadastramento é uma exigência da lei municipal 11.738/06 e do decreto municipal 742/08 e por isso é obrigatório para os atuais prestadores de serviço e para todos que pretendem trabalhar com motofrete.
O serviço de cadastramento está funcionando nas salas 54 e 55 no 1.º andar do bloco estadual da Estação Rodoviária de Curitiba, na Avenida Affonso Camargo, 330, bairro Jardim Botânico.
O cadastramento será permanente na Urbs, com atendimento de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h. Depois de cadastrados na Urbs, os motofretistas deverão fazer o curso de capacitação que custa R$ 47, mas será gratuito para os primeiros seis mil cadastrados. Tanto os profissionais autônomos quanto os empregados em empresas deverão fazer o cadastro.
Estima-se que existam na cidade cerca de 20 mil trabalhadores neste ramo. Depois de fazer o cadastro e passar pelo curso de capacitação, o motofretista receberá uma licença para trafegar, que será fixada na parte traseira da caixa de entregas da moto.