Autora dos livros Vença o Medo de Dirigir (2000) e Seu Carro, Sua Casa Sobre Rodas (2006), a psicóloga Neuza Corassa classificou os comportamentos dos motoristas.
Quais são os comportamentos dos motoristas?
São cinco tipos. Os que se acham os donos do mundo são briguentos, agitados, vivem reclamando. Para ele, o outro é quem está sempre errado. Ele confunde o espaço público, a rua, com o privado, onde ele faz o que quer. Há os com comportamento mascarado calmos no ambiente familiar e no trabalho, mas que no trânsito se transformam. Tornam-se agressivos repentinamente quando o carro à sua frente atrasa para arrancar em um semáforo, por exemplo. Há os ansiosos considerados fóbicos, que têm medo de dirigir e excesso de cautela. Os perigosos por natureza que sofrem transtornos de personalidade e psicológicos. Eles podem desenvolver um surto ao volante e acabar cometendo uma tragédia no trânsito. E, claro, os cautelosos motoristas exemplares que respeitam a sinalização, são concentrados e consideram o espaço do outro da mesma maneira que enxergam o seu.
Qual a influência desses tipos de comportamentos no trânsito?
Somos apenas a terceira ou quarta geração que está dirigindo. É um processo recente. As atitudes que cada um toma quando está ao volante interferem no fluxo e no bem-estar entre as pessoas pedestres e motoristas. Se um condutor está estressado ou agitado com a correria do trabalho, provavelmente ele vai transferir isso para o volante. Isso prejudica a cidadania no trânsito.
O comportamento do motorista curitibano tem mudado nos últimos anos?
Sim. Eles tomaram ciência que estão dirigindo em um trânsito caótico e, por isso, abusam menos da buzina e das ofensas. Mas não abrem mão do veículo. "O vizinho que vá andar de ônibus, eu não", mais ou menos isso que pensam.
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