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Motorista de Camaro que provocou grave acidente vai a júri popular

O motorista de um carro esportivo que se envolveu em uma série de acidentes em São Paulo no ano passado será levado a júri popular pela morte de uma vítima.

A Justiça decidiu que Felipe de Lorena Infanti Arenzon, então com 19 anos, deve ser julgado pela morte de Édson Roberto Domingues, 55, que teve 90% do corpo queimado após ter sua perua atingida pelo Camaro de Arenzon.

No dia 30 de setembro de 2011, Arenzon se envolveu em uma série de acidentes que aconteceram em um intervalo de menos de uma hora e em um trajeto de 8,5 km.De acordo com a denúncia (acusação formal), os primeiros acidentes ocorreram na avenida Sumaré, na zona oeste, onde o jovem dirigiu em alta velocidade e bateu em ao menos quatro veículos após sair de uma casa noturna.

Ele ainda bateu em veículos na avenida Pompeia e só parou após atingir mais dois carros parados em um semáforo na avenida Inajar de Souza, na zona norte. Ele desceu do carro e ainda tentou fugir a pé, se escondendo em uma casa na região.

A batida provocou uma explosão que atingiu a perua de Domingues. Levado ao hospital, ele não resistiu aos ferimentos e morreu quatro dias depois. O laudo da polícia apontou que o Camaro se aproximou a 123 km/h.

O motorista foi denunciado pelo Ministério Público por homicídio triplamente qualificado (meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e para assegurar a ocultação de outro delito), três tentativas de homicídio qualificado, três fugas de local de acidente e deixar de prestar socorro à vítima, e por dirigir embriagado. A acusação foi aceita pelo juiz.

A defesa nega a ingestão de bebida, mas, na decisão, o juiz José Augusto Nardy Marzagão afirma que policiais "de forma uníssona, afirmaram que o acusado apresentava sinais de embriaguez como hálito etílico, voz pastosa e desconexa". Um laudo da polícia também apontou embriaguez.

A defesa afirmou ainda que o jovem não teve intenção de provocar os acidentes, que ficou em estado de choque após o caso e que fugiu e deixou de socorrer as vítimas por medo de represálias.O juiz manteve o direito de Arenzon responder ao processo em liberdade. O julgamento na 2º Vara do Júri do fórum de Santana ainda não tem data marcada.

O motorista chegou a ser preso, mas pagou fiança de R$ 245 mil após vender bens da família. O Camaro havia sido comprado havia cerca de dez dias.

O pai do réu é o vereador de Embu das Artes Milton Arenzon (PMDB). Na época dos acidentes, a família firmou que Arenzon era trabalhador e nunca havia se envolvido em confusão. A reportagem não conseguiu hoje contato com o advogado do réu.

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