O condutor do automóvel que atropelou o ciclista Marcelo Rigler, 51 anos, no último domingo (6), na Estrada Velha de Joinville (área entre os limites de São José dos Pinhais e Tijucas do Sul) se apresentou à Polícia Civil no início da tarde desta terça-feira (8). O motorista, que não parou para prestar socorro à vítima, tem 50 anos e não possui CNH. Rigler morreu logo após a colisão.
De acordo com o delegado responsável pela investigação, Michel Carvalho, da delegacia de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, o suspeito escondeu o carro, um Fiat Palio azul, na chácara onde trabalha, próximo do local do acidente. Ao perceber a gravidade do ocorrido, decidiu se apresentar.
Para a polícia, o condutor disse que estava dirigindo dentro dos limites de velocidade e que não havia bebido na ocasião. Ele explicou ainda que estava retornando da casa de um mecânico, que deve ser intimado para confirmar a versão apresentada pelo motorista. Carvalho trabalha com a hipótese de que ele fugiu sem prestar socorro por medo de ser responsabilizado por não possuir CNH.
A investigação agora deve se concentrar na perícia do veículo, que se encontra apreendido na delegacia de São José dos Pinhais, e nas imagens gravadas pela câmera da portaria de um hotel localizado cerca de um quilômetro antes do ponto onde ocorreu o atropelamento. Segundo Carvalho, as imagens podem ajudar a apontar a velocidade em que estava o veículo.
O inquérito deve ser concluído em 30 dias. Se comprovada a culpa do motorista, ele pode responder por homicídio culposo. O passageiro não assumiria parte da responsabilidade porque não tinha poder de condução do veículo.
O acidente
O empresário e advogado Marcelo Rigler foi atropelado no último domingo (6), por volta das 12h45, na Estrada Velha de Joinville. De acordo com informações da Polícia Militar, Rigler chegou a ser encaminhado ao pronto socorro de São José dos Pinhais, mas não resistiu aos ferimentos e morreu pouco tempo depois da colisão.