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O rapaz de 19 anos que atropelou sete pessoas em Curitiba estava bêbado e não tinha habilitação

O motorista que atropelou sete pessoas na noite de sábado (17), no bairro Sítio Cercado, em Curitiba, pode pegar até cinco anos de prisão por lesão corporal e por dirigir embriagado e sem habilitação. Gustavo Henrique Ropava, de 19 anos, invadiu a calçada da Rua Nova Esperança, entre as ruas Laura Tavares e Moysés Gufztein por volta das 20 horas de sábado. Até as 19h desta segunda-feira (19), apenas uma das vítimas do atropelamento havia recebido alta do hospital. O estado de saúde de outras duas, uma senhora de 73 anos, e uma jovem de 21, é considerado grave.

No inquérito policial, o delegado titular da Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran), Armando Braga Neto, enquadrou Ropava nos delitos de direção inabilitada e condução de veículo sob influência de álcool, previstos no Código de Trânsito Brasileiro, e no crime de lesão corporal de natureza grave com perigo à vida, de acordo com o Código Penal. "Ele assumiu todos os riscos ao pegar o carro sem habilitação, beber antes de dirigir e ainda andar em alta velocidade", explica Braga.

O acidente aconteceu perto das 20 horas de sábado. Os pedestres estavam na calçada quando foram atingidas pelo veículo Golf dirigido por Ropava. "O carro foi parar mais de 100 metros dentro da calçada. Certamente ele não estava a 30 ou 40 km/h", diz o delegado. No exame de dosagem alcoólica do motorista, foi identificado 0,79 mg de álcool por litro de ar expelido, o que configura embriaguez ao volante. "Somadas, as penas podem chegar a cinco anos de reclusão, caso o juiz assim determine", diz Braga.

Nesta segunda-feira, o jovem permanece preso na carceragem da Dedetran, mas deve ser transferido para o Centro de Triagem de Piraquara, na região metropolitana, nos próximos dias.

Vítimas

Entre as vítimas do atropelamento está Maria Afonso Lima, de 73 anos, que sofreu uma fratura no fêmur esquerdo e lacerações no cotovelo e no couro cabeludo. A idosa foi encaminhada para o Hospital Cajuru, onde passou por uma cirurgia na perna e permanece em estado grave. De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, ela não corre mais o risco de morrer, mas segue internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), devido à gravidade dos ferimentos.

Duas vítimas, Renata Ianowski Narlochi, 20 anos, e Dayane Cristina Modesto, 21, foram levadas para o Hospital Evangélico. O quadro de Dayane é considerado grave, mas o hospital informou apenas que a jovem está internada na UTI. Renata sofreu fraturas na perna e no ombro e pode passar por nova cirurgia nesta segunda-feira.

Outros quatro feridos no acidente foram encaminhados para o Hospital do Trabalhador. Um deles, Gabriel Vagner Oliveira, 21 anos, teve alta na madrugada de domingo (18). Segundo informações divulgadas pelo hospital, as outras três pacientes, Rayane Cristina Modesto, 16 anos, Cleia Ganoski Mailoschi, 21, e Cirley Benedito Lima Costa, 48, tiveram fraturas pelo corpo e seguem em observação. O quadro das três é considerado estável, sem gravidade. Rayane fraturou a perna, que foi imobilizada com gesso, enquanto Cirley sofreu uma fratura no quadril e ainda aguarda decisão dos médicos sobre a necessidade de uma cirurgia. "Não lembro direito. Só vi na hora em que eu estava no chão", disse Sirley ao Paraná TV 2ª Edição.

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