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Segurança

Motorista vive dia de fúria em Curitiba

Um auditor fiscal aposentado da Receita Federal viveu, ontem, um dia de fúria numa rua movimentada do Batel – bairro nobre de Curitiba. Após bater o carro, em pleno horário de pico, ele saiu do veículo com um revólver nas mãos e ameaçou várias pessoas.

Acionada, a Polícia Militar informou ter encontrado no interior do automóvel do auditor cinco armas de fogo, facões e munição. O homem não chegou a fazer disparos com as armas, mas foi preso por porte ilegal de armas e levado ao 3.º Distrito Policial (DP).

Colisão

O caso aconteceu por volta das 8h50, na esquina da Avenida Batel com a Rua Francisco Rocha. De acordo com o boletim de ocorrência, Wilson Zarob Tomé, 58 anos, bateu na traseira de um Citroën, que teria parado no sinal verde. Após a batida, outros motoristas que estavam atrás começaram a buzinar, pedindo passagem. Testemunhas disseram que Tomé saiu do carro com um revólver e ameaçou as pessoas ao redor. "Ele estava muito nervoso, mas não chegou a apontar a arma para alguém", disse um lojista que preferiu não se identificar.

Cerca de 50 pessoas pararam para ver a cena. "Algumas pessoas correram para dentro das lojas, com medo de serem baleadas", disse um operário. O lojista afirmou que convenceu Tomé a deixar a arma no carro e o levou a seu estabelecimento para tomar um café e se acalmar. Por volta das 9h15, três carros e duas motos do Batalhão da Polícia de Trânsito chegaram ao local. Os PMs se surpreenderam ao encontrar uma escopeta, duas pistolas, dois revólveres calibre 38, quatro facões e 40 cartuchos de munições dentro do carro do auditor fiscal. Ele foi preso sem apresentar resistência. Após ser levado ao 3.º DP, policiais civis foram à casa de Tomé, no bairro Bigorrilho, e informaram terem encontrado um colete à prova de balas, uma pistola e um revólver.

Defesa

O fiscal não quis dar entrevista. O advogado dele, Márcio Pinheiro, alegou que o cliente transportava as armas no carro porque pretendia entregá-las à Polícia Federal (PF). À polícia o motorista disse que apenas teria deixado um revólver cair no chão, quando saiu do carro, e apanhou a arma para colocá-la de volta no interior do veículo, durante a confusão. Tomé não tem registro de porte de arma, de acordo com o titular do 3º DP, Carlos Castanheiro. Segundo ele, quem entrega armas à PF precisa, primeiro, receber uma autorização para transportá-las. O auditor fiscal deveria ser transferido, hoje, ao Centro de Triagem da Polícia Civil. As armas apreendidas serão periciadas pelo Instituto de Criminalística.

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