A reunião entre o Sindicato dos Motoristas e Cobradores (Sindimoc) e o Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metro­po­li­tana para fechar a data-base deste ano terminou em impasse ontem. Os trabalhadores pedem 30% de aumento salarial, mas as concessionárias do serviço afirmam ser possível apenas repor a inflação registrada pelo INPC no período, de 6,63%. Com isso, foi acertada uma nova rodada de negociação, que provavelmente ocorrerá na semana que vem. A hipótese de uma paralisação semelhante a que ocorreu no ano passado segue em aberto, embora o Sindimoc afirme que esta será a última alternativa.

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Déficit

A pauta de reivindicações do Sindimoc contém 67 itens, como a falta de banheiro e água, não fornecimento de troco e turnos de trabalho variáveis. Na outra ponta da mesa, o sindicato patronal aponta o problema do déficit como justificativa para não oferecer reajuste acima da inflação, e entende os 30% como um valor fora da realidade. "Se levarmos apenas o reajuste da inflação para a assembleia, tenho certeza que a proposta não será aceita. Existe uma insatisfação muito grande", afirma Dino Cesar de Mattos, vice-presidente do Sindimoc.

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