Motoristas de transportes alternativos da cidade do Rio estão em greve desde a meia-noite desta quarta-feira (15). Membros de sindicatos e cooperativas cobram do governo municipal uma licitação para garantir as atividades de cerca de 40 mil pessoas.
Os motoristas temem que as atuais 7 mil concessões sejam reduzidas para 800. O movimento alega que o governo municipal já tem o edital da licitação pronto, bastando apenas ser publicado. Segundo os organizadores do movimento, a previsão é que o grupo saia do Maracanã às 7 horas. Eles informaram também, que tanto a carreata quanto a passeata foram autorizadas pela prefeitura.
De acordo com o grupo autodenominado Movimento em Defesa do Transporte Alternativo do Município do Rio de Janeiro (MTDA), ao dia, são transportados 1,8 milhões de pessoas nesta modalidade.
O grupo está concentrado no Maracanã e segue para o Aterro do Flamengo, onde cerca de três mil vans e kombis serão estacionadas. Em seguida, os manifestantes seguem em passeata até a Cinelândia, onde será realizado um ato público.
De acordo com Hélio Ricardo Gringo, organizador do movimento, o início da carreata será às 10 horas. Ele cobra da prefeitura que o transporte alternativo seja considerado como público e de massa.
"A Prefeitura está promovendo uma hierarquização do transporte. Não podemos deixar de fora um modal tão importante como o nosso. Nós somos regulamentados pela Lei 3360/2002, mas a Prefeitura não cumpre com sua parte. Ao longo desses dez anos não nos considera membros efetivos do transporte público da cidade. Queremos poder parar nos pontos e ter fiscalização. Também queremos andar no BRS, que é um equipamento pago com o dinheiro público. Não foi financiado pelos empresários de ônibus. Temos direito", disse Hélio.
Entre as principais reivindicações, além da licitação, estão: contrato de dez anos; pontos em comum com os ônibus; Bilhete Único Carioca; acesso aos corredores BRS; entre outras.