Motoristas do Uber se reuniram na manhã desta segunda-feira (17) em Curitiba para prestar uma homenagem ao colega de profissão que morreu na manhã deste domingo (16). Hudson Lopes dos Santos, de 22 anos, foi assaltado na noite da última quinta-feira (13) no bairro Bacacheri, em Curitiba. Ele foi internado na UTI do Hospital Cajuru, mas não resistiu aos ferimentos.
Diversos carros de colaboradores do aplicativo ficaram enfileirados na Rua Manoel Eufrásio em direção à Rua Marechal Hermes da Fonseca. A via não teve interdição total.
Guilherme Machado, de 29 anos, colaborador do Uber há cerca de 4 meses, disse que a notícia da morte de Santos comoveu toda a classe e que, por isso, a homenagem foi organizada.
“Hoje será um dia de luto e trabalharemos com os carros enfeitados para mostraramos nossa solidariedade à família do Hudosn. Na próxima semana, pretendemos buscar o apoio dos taxistas para pedir mais segurança para a sociedade como um todo”, adiantou o jovem.
Motoristas do Uber têm apontado a aceitação o dinheiro como um ingrediente a mais de risco para a categoria. Isso porque a plataforma tem menos rigor no cadastro para quem vai pagar nessa modalidade. Para pagar em dinheiro, basta a pessoa ter uma conta no Facebook.
Diferentemente de motoristas parceiros da Uber que atuam em São Paulo, motoristas de Curitiba dizem que não pretendem, neste momento, adotar estratégias para driblar o pagamento em dinheiro.
“Neste momento, este [evitar corridas em dinheiro] ainda não é o caminho. Primeiro vamos avaliar as medidas de segurança que estamos adotando. Até porque, como estamos buscando a regulamentação, o Código de Defesa do Consumidor obriga que aceitemos o o pagamento em dinheiro. E recusar essas corridas seria uma forma de discriminação”, aponta o colaborador. As medidas de segurança mencionas por Machado são estratégias adotadas pelos próprios motoristas, que estão se autorrastreadando.