Motoristas e cobradores aprovaram nesta terça-feira (16) um indicativo de greve de ônibus para Curitiba e região metropolitana. Segundo o sindicato que representa a categoria (Sindimoc), foram realizadas assembleias em 17 empresas entre as 4h30 e às 5h30, o que atrasou a saída dos ônibus em cerca de uma hora nesta manhã.
Arrastões causam pânico em ônibus de Curitiba
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Leia a matéria completaSegundo a entidade, os trabalhadores protestam contra uma suposta perseguição a dirigentes sindicais, que teriam sido demitidos. Além disso, eles denunciam que pontos da Convenção Coletiva de Trabalho não estariam sendo cumpridos pelas empresas.
De acordo com o Sindimoc, foram realizadas assembleias de trabalhadores nas empresas Azul, Araucária Filial, Fazenda Rio Grande, Glória, Leblon, Marechal Filial, Marechal Matriz, Marumbi, Mercês, Nobel, Piraquara, Redentor, Santo Antonio, São Braz, São José Filial, São José Matriz e Sorriso.
Na segunda-feira (15), motoristas e cobradores fizeram um protesto na Praça Rui Barbosa e por cerca de uma hora as linhas de ônibus com pontos de embarque no local deixaram de circular.
O sindicato também informou que está marcada para as 16 horas da próxima quinta-feira (18) uma reunião entre trabalhadores, empresas e Urbs (administradora do sistema), com mediação do Ministério Público do Trabalho (MPT), para discutir os problemas apontados pelos trabalhadores.
Procurada, a Urbs (Urbanização de Curitiba S/A) informou que ainda aguarda ser oficialmente comunicada sobre o indicativo de greve para se manifestar. Em relação ao episódio desta segunda-feira (15), a Urbs informou que, em função da “paralisação sem aviso prévio”, autuou as empresas ligadas aos funcionários dos ônibus que fizeram o protesto e também os dois sindicatos da área, o Sindimoc e o Setransp (que representa as empresas de transporte). A Urbs também levou o caso ao Ministério Público do Trabalho.
Em nota, o Setransp afirmou que o sindicato dos trabalhadores “voltou a mostrar seu desrespeito com a população” atrasando a saída dos ônibus das garagens no “dia mais frio do ano” e que “deixou milhares de pessoas que nada têm a ver com suas reivindicações esperando nos pontos”.
O sindicato patronal voltou a negar que suas filiadas demitiram empregados com prerrogativas de dirigente sindical.
“O Setransp pede que a população e as entidades somem forças no repúdio a esses atos do Sindimoc, que prejudicam mais de 2 milhões de pessoas e afetam principalmente o comércio e a indústria. Também requer o apoio da Justiça, para que tome as medidas cabíveis em relações a essas ações arbitrárias e ilegais”, informa o texto enviado nesta manhã.
“Ainda, o Setransp vai recorrer da decisão da Urbanização de Curitiba (Urbs) – que notificou as empresas face à paralisação do sistema de transporte –, porque é de conhecimento público que ela ocorreu absolutamente contra a vontade do Setransp, mais uma vítima do abuso do Sindimoc”, conclui a nota.
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