Os motoristas e cobradores de ônibus de Curitiba podem parar o transporte coletivo da cidade na próxima semana. A categoria lançou indicativo de greve nesta quinta-feira (19) porque as reivindicações dos trabalhadores não teriam sido atendidas. Segundo o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), as conversas se arrastam desde a última greve, ocorrida em fevereiro de 2014.
Na quarta-feira (18), segundo o vice-presidente do Sindimoc, Dino Almeida, em uma nova rodada de negociações no Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR) não houve avanços nas negociações. A categoria pede reajuste no vale-alimentação, reclama de assédio moral, problemas nas estações-tubo e querem o fim da dupla função de motorista e cobrador em micro-ônibus da capital.
"Nas negociações, os patrões estão irredutíveis. Então escolhemos lançar o indicativo de greve. A paralisação não está descartada, mas isso vamos definir nas assembleias, na sexta-feira (20) e no sábado (21)", diz o vice-presidente.
Segundo Almeida, na última paralisação dos motoristas e cobradores, que ocorreu no final de fevereiro de 2014, houve reajuste de apenas R$ 31,50 no vale-alimentação e ficou a promessa de negociação para que esse valor subisse. Eles reivindicam R$ 100 de reajuste.
A prefeitura de Curitiba foi procurada e, por meio de sua assessoria de imprensa, disse considerar a possibilidade de greve como "fora de hora", pois a data-base da categoria ocorreu na época da paralisação no início do ano. Ainda segundo a prefeitura, qualquer reajuste que seja concedido aos funcionários das empresas de ônibus vai impactar diretamente no valor da tarifa do transporte público. A reportagem ainda tenta contato com o Sindicato das Empresas de Transporte Público de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp), mas, até as 12 horas, as ligações não haviam sido atendidas.
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