O sindicato dos motoristas e cobradores de ônibus de Ponta Grossa deve realizar uma assembleia nesta terça-feira (27), a partir das 5h, para discutir as propostas da Justiça do Trabalho para pôr fim à greve da categoria. Motoristas e cobradores cruzaram os braços na última segunda-feira (19) e a paralisação afeta cerca de 100 mil usuários.

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O sindicato que representa a categoria e a empresa Viação Campos Gerais (VCG) estiveram em uma audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) do Paraná, em Curitiba, nesta segunda-feira (26). A Justiça propôs a realização da data-base da categoria no dia 1.º de fevereiro, reajuste salarial de 7,5%, aumento no vale alimentação de 30%, adicional de dupla função para motorista de micro-ônibus de 10,5%, abono salarial para a folha de maio em R$ 200 e não desconto dos dias parados.

A empresa oferece data-base em 1.º de maio, reajuste salarial de 7,5%, 25% no vale alimentação, adicional de dupla função para motoristas de micro-ônibus de 10,5%. Além disso, aceita as reivindicações de antecipação salarial de 40% e pagamento integral do vale alimentação para o dia 20 de cada mês.

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O sindicato e a empresa devem informar à Justiça sobre se aceitam às propostas até as 12h desta terça-feira (27). Caso não haja acordo, o sindicato deverá manter 50% de ônibus funcionando em horário de pico. Atualmente, esse número é de 40% nos horários de pico e 30% nos demais horários.

Reivindicações

No início da audiência, a reivindicação do sindicato era de reajuste salarial de 15% mais a reposição integral do INPC, de 5,82%, e o acréscimo de 100% sobre o vale alimentação. Enquanto isso, a empresa oferecia 30% no vale alimentação e a correção do INPC, tanto para os salários quanto para o vale alimentação. De acordo com a VCG, o efeito do reajuste do vale-alimentação eleva a proposta global para 8,52% de aumento a motoristas e 9,75% a cobradores.

Reajuste da tarifa

Um dos argumentos da VCG é a redução do preço da tarifa do transporte coletivo em Ponta Grossa no ano passado, mesmo com o reajuste salarial dos trabalhadores. Além disso, a empresa alega que não recebeu nenhum repasse da prefeitura para baratear o serviço. João Ney Marçal Júnior, secretário de Planejamento de Ponta Grossa, afirmou que não há previsão de qualquer subsídio à tarifa, já que a Câmara de Vereadores da cidade questionou a legalidade do repasse.

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