Motoristas e cobradores do transporte coletivo de Curitiba e região metropolitana reclamam o pagamento retroativo do reajuste salarial e do vale-alimentação do mês de fevereiro. O prazo para do pagamento por parte das empresas de ônibus acaba nesta sexta-feira (5).

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O acordo entre o sindicato da categoria (Sindimoc) e o sindicato das empresas (Setransp) sobre o reajuste foi fechado em 12 de março, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). De acordo com o Sindimoc, naquela data ficou acordado que no quinto dia útil de abril seria pago o salário de março – já com o reajuste - e o retroativo de fevereiro. A data base da categoria é 1º de fevereiro.

Às 17h30, a entidade que representa os trabalhadores informou que apenas uma das 23 empresas que operam na Rede Integrada de Transporte (RIT) fez o pagamento.

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Já a assessoria de imprensa do Setransp informou que as empresas estão fazendo o pagamento nesta tarde, o que deve ser finalizado ainda nesta sexta-feira.

Urbs liberou dinheiro para as empresas de ônibus

A Urbanização de Curitiba S.A. (Urbs), responsável pelo gerenciamento do transporte coletivo da capital, afirmou que liberou para as empresas de ônibus aproximadamente R$ 3,1 milhões nesta sexta-feira.

Segundo a Urbs, o valor é referente ao retroativo da tarifa técnica do período entre 1º e 25 de fevereiro e que foi reajustada em 26 de fevereiro.

A tarifa técnica é o custo real do transporte que é pago às empresas e que inclui os custos dos salários de motoristas e cobradores.

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Segundo a Urbs, o Sindimoc e o Setransp já tinham sido avisados que a liberação desse valor seria feita nesta sexta-feira (5).

Indicativo de greve

O presidente do Sindimoc, Anderson Teixeira, disse que o sindicato já aprovou indicativo de greve nesta sexta-feira e a paralisação pode ter início em 72 horas.

Se o pagamento do retroativo não for feito, os trabalhadores farão assembleias na segunda-feira (8) e podem entrar em greve já nesse data.

Nesse caso, a paralisação será parcial. Motoristas e cobradores das empresas que não fizerem o pagamento poderão suspender as atividades. "Algumas empresas querem parcelar o valor do retroativo e a categoria não aceita isso. Sem pagamento, poderemos ter greve na segunda", afirmou Teixeira.

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