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A greve continua

Motoristas e cobradores promovem “vinada” em protesto em frente à Urbs

 | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
(Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo)

Os motoristas e cobradores de Curitiba e Região Metropolitana se reúnem em frente à sede da Urbs para protestar sobre o que chamam de descaso das empresas na discussão da campanha salarial de 2017. Os trabalhadores promovem uma “vinada”, na sede da empresa da prefeitura, que fica na Rodoferroviária, como forma de protestar sobre a falta de negociações com a Urbs, que administra o transporte na capital, com a Comec, que é responsável pelo transporte metropolitano, e com o Setransp, sindicato patronal.

Por volta das 17h, o presidente da Urbs, José Antônio Andreguetto, concordou em receber os trabalhadores. Mas não houve acordo e a greve do transporte continua.

Os trabalhadores utilizam dois ônibus biarticulados para cozinhar as salsinhas em pequenos fogareiros improvisados e servem sanduíches para quem passa pelo local. No protesto, dois ônibus biarticulados foram estacionados em frente à sede da Urbs, para trancar a entrada e a saída do local. De acordo com a observação da reportagem, cerca de 200 pessoas participam do protesto. O Sindimoc, sindicato que representa motoristas e cobradores, não apresentou um número oficial.

Sindicato afirma que há descaso com a pauta

De acordo com o Sindimoc, quatro reuniões já foram marcadas na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE-PR) com a prefeitura, Urbs, Comec e com o Setransp, mas nenhuma entidade compareceu aos encontros.

O Setransp, sindicato que representa as empresas, rebateu o Sindimoc, afirmando que vem participando das audiências de discussão da data-base dos trabalhadores, mas que entende que a pauta do sindicato dos motoristas e cobradores está fora do que considera justo. “O sindicato entende, no entanto, que a reivindicação do Sindimoc está fora da realidade econômica atual do Brasil e dos reajustes oferecidos a tantas outras categorias de trabalhadores”, disse o Setransp em nota.

A Comec informou, por meio de nota, que tem mantido contato com as empresas que operam as linhas metropolitanas e com o sindicato dos trabalhadores na tentativa de buscar normalizar a situação, mas entende que não cabe a participação da companhia em audiências. “A negociação salarial se refere a um relacionamento entre empregados e empregadores”, diz a nota.

A Urbs também informou que foi convidada a participar das audiências, mas que entende que a negociação deve acontecer entre empregadores e empregados.

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