A assembleia realizada às 5 horas desta quinta-feira (22) pelos motoristas e cobradores da Viação Campos Gerais (VCG) manteve a paralisação da categoria em Ponta Grossa, nos Campos Gerais. Uma nova audiência irá ocorrer nesta sexta-feira (23), às 14h30, na sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em Curitiba, entre representantes da VCG e do Sintropas que representa os funcionários.
Na primeira audiência, realizada no início da tarde de quarta-feira (21), a juíza da 3ª Vara do Trabalho de Ponta Grossa, Silvana Souza Netto Mandalozzo, sugeriu uma proposta conciliatória com a implantação do reajuste salarial de 10,41% e 50% para o vale-alimentação, que hoje é de R$ 170 mensais. A VCG manteve a proposta inicial de aumento de 5,82% nos salários, baseado no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), acrescentou mais 10% de elevação no vale-alimentação e a criação de um vale no dia 20 de cada mês. O Sintropas, por sua vez, manteve a reivindicação de reajuste de 20,8% nos salários e 100% no vale-alimentação.
A greve foi decidida em assembleia no dia 12 de maio e iniciada na segunda-feira (19). Uma liminar concedida pelo TRT a pedido da VCG determinou o retorno ao trabalho de 30% da frota em horários normais e 40% em horários de pico, ou seja, das 6 às 8 horas e das 17 às 19 horas. O sindicato cumpre a liminar desde terça-feira (20). A prefeitura de Ponta Grossa entrou na quarta-feira (21) com um novo pedido de liminar para que 70% da frota entrem em circulação, mas ainda não há decisão judicial.
Vans escolares cadastradas pela prefeitura estão transportando passageiros nesta semana. Por dia, segundo a VCG, cerca de 100 mil pessoas usam os ônibus da empresa. A passagem em Ponta Grossa custa R$ 2,60 (em dinheiro) e R$ 2,50 (em bilhete eletrônico). Para utilizar as vans, os usuários pagam R$ 5.