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| Foto: Henry Milléo/Gazeta do Povo

Integrantes do Movimento Popular por Moradia (MPM) fizeram uma manifestação na região central de Curitiba na manhã desta terça-feira (29). Eles se reuniram na Praça 19 de Dezembro, de onde partiram para uma caminhada em direção à prefeitura da capital e à sede do governo do Paraná, no Centro Cívico. Segundo o MPM, os manifestantes ocuparam as calçadas da Avenida Cândido de Abreu, e, por isso, o movimento não afetou o trânsito na região.

Prefeito de Curitiba sanciona lei do aluguel social

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A Guarda Municipal acompanhou o ato, que segundo o MPM, reuniu cerca de mil pessoas. A estimativa da guarda é de que 300 pessoas participaram do protesto.

De acordo com nota do movimento publicada nas redes sociais, a intenção do protesto foi pressionar os governos municipal e estadual a cumprir compromissos assumidos para estabelecer projetos de moradias mais “dignas” na cidade.

Eles querem pagamento de aluguel social para as famílias das ocupações Nova Primavera e 29 de Março até a construção de moradias próprias e também apoio na construção dos condomínios.

Em frente à prefeitura, os manifestantes pediram atendimento. Uma comissão foi recebida pela prefeitura, que teria se comprometido a iniciar um cadastramento das famílias destas ocupações para analisar o perfil de cada uma delas, com o objetivo de dar início à regulamentação da lei do aluguel social.

A Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab) disse, no entanto, que o encontro resultou em três propostas: a inclusão de dois representantes do MPM na comissão que vai dar andamento aos trabalhos de regulamentação da lei do aluguel social; visitas às ocupações 29 de Março, Tiradentes e Nova Primavera, e uma nova reunião para discutir o financiamento de imóveis para moradores da ocupação 29 de Março por meio do Minha Casa Minha Vida Entidades.

Parte dos manifestantes também seguiu para a sede do governo estadual, para cobrar um acordo de análise dos terrenos destinados à construção de unidades habitacionais. No local, cinco pessoas do movimento foram recebidas na Assessoria Especial para Assuntos Fundiários. De acordo com o movimento, foram apresentados um conjunto de possíveis terrenos que poderiam receber condomínios populares em Curitiba. A pasta também teria se comprometido a analisar as possibilidades.

Contra o “pacotaço”

Finalizadas as reuniões com representantes da prefeitura e do governo estadual, os manifestantes se reuniram em frente à Assembleia Legislativa para contestar o “pacotaço anticrise” proposto pelo governador Beto Richa (PSDB), que deve passar por nova votação dos deputados estaduais nesta terça-feira.

Todas as 44 emendas apresentadas ao texto foram aprovadas nesta segunda pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa, mas como houve pedido de vista, o projeto retorna para CCJ. Depois disso é que vai a plenário, muito provavelmente nesta terça.

  • Após ato em frente à prefeitura e ao Palácio Iguaçu, manifestantes seguiram para a Alep
  • Movimento Popular por Moradia também aproveitou para contestar “pacotaço anticrise” proposto por Beto Richa
  • Protesto do Movimento Popular por Moradia, em Curitiba, nesta terça-feira (29)
  • Segundo a Guarda Municipal, 300 participaram do ato
  • Protesto pediu cumprimento de promessas feitas na área de habitação
Em julho, MPM fechou Contorno Sul

No último mês de julho, o Movimento Popular por Moradia de Curitiba fechou os dois sentidos do Contorno Sul, na BR-376, por três horas. Houve queima de pneus e filas de carros quilométricas se formaram, em um protesto organizado para cobrar uma posição do Executivo a respeito da expansão do aterro sanitário administrado pela empresa Essencis Soluções Ambientais, na CIC.

O local fica ao lado de uma das áreas hoje habitadas por cerca de 800 famílias ligadas ao MPM, chamada de Ocupação Tiradentes. Há outras duas ocupações na CIC, “Nova Primavera” e “29 de março”.

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