Cerca de 150 pessoas, entre estudantes integrantes do Movimento Passe Livre (MPL), membros dos partidos PSol, PCB e PSTU e representantes de sindicatos de trabalhadores de Curitiba e região, realizaram na manhã de ontem uma passeata na região central da capital paranaense. Na sede da prefeitura, no Centro Cívico, o grupo protocolou uma lista de reivindicações, que inclui o retorno da tarifa de ônibus de R$ 1,90, a implantação do passe livre para estudantes e desempregados e melhores condições de trabalho para os funcionários do transporte coletivo.

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Os manifestantes saíram por volta das 11 horas da Praça Santos Andrade, no Centro, em direção ao Colégio Estadual do Paraná. De lá, eles seguiram para a prefeitura. Por causa da manifestação, as ruas Presidente Faria e Barão de Antonina e as avenidas João Gualberto e Cândido de Abreu tiveram o tráfego interrompido momentaneamente.

A manifestação contou com um caminhão de som, e os participantes, que carregavam faixas e cartazes, promoveram um apitaço. Veículos da Polícia Militar (PM) acompanharam o ato.

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Além das reclamações ligadas ao transporte coletivo, o MPL pediu o fim da violência da PM contra estudantes. Na semana passada, uma manifestação do mesmo grupo, que envolvia cerca de 100 pessoas, terminou em tumulto: quatro pessoas foram presas, três adolescentes apreendidos e outros três manifestantes ficaram feridos. "Um dos agredidos teve o braço quebrado por policiais. Ele teve de passar por uma cirurgia e continua hospitalizado", afirma o estudante Luiz Pereira, integrante do MPL.

As manifestações do Movimento Passe Livre se tornaram mais frequentes desde o início do ano, quando o prefeito Beto Richa (PSDB), aumentou a tarifa dos ônibus de R$ 1,90 para R$ 2,20. A prefeitura diz que o reajuste foi necessário porque a passagem estava congelada desde 2004 e porque todos os itens que compõem a planilha de custos sofreram aumento nos últimos anos.