Grupos conservadores da Alemanha, França, Espanha, Itália e Estados Unidos se uniram aos brasileiros em uma campanha para ajudar familiares de presos do 8 de janeiro neste Natal. A ação, promovida pelo Instituto Gritos de Liberdade, tem o objetivo de doar cerca de 200 cestas de alimentos no valor de R$ 350 cada, e a distribuição dos itens começa nesta quarta-feira (18).
Um dos movimentos internacionais que têm se mobilizado é a Liga Conservadora Brasil-Alemanha. Coordenada pela administradora de empresas Samia Sittel-Faraj, que vive há 18 anos na Europa, a comunidade brasileira do país já havia participado de uma ação para “adotar” famílias dos presos do 8 de janeiro no início deste ano, e decidiu contribuir novamente.
“Muitos desses presos eram responsáveis pelo sustento da família, e essas pessoas ficaram para trás, empobrecidas e se sentindo esquecidas”, aponta Samia, ao relatar que alemães também têm contribuído com a ação. "Aqui na Europa, o valor de R$ 350, que é o preço de cada cesta de Natal doada às famílias, equivale a cerca de € 55 Euros", disse em uma das lives realizadas para divulgar a campanha nas redes sociais.
Ainda segundo a empresária, outros países também têm participado por meio do movimento espanhol “Patriotas na Espanha”, do grupo italiano “Brita” e do Movimento Franco-Brasileiro, na França. “Inclusive brasileiros que vivem nos Estados Unidos”, comentou.
Movimento norte-americano ajuda na campanha e atende exilados nos EUA
Um desses movimentos é o Congresso Conservador Brasileiro nos EUA (CCB-USA), presidido pela brasileira Fátima Heath, de 62 anos. Moradora de Massachusetts desde 2006, ela acompanha assiduamente a política brasileira e percebeu que precisava ajudar os familiares dos presos do 8 de janeiro.
“Temos o mesmo espírito de lutar contra as injustiças e cobrar das instituições que nossos valores sejam respeitados”, diz, ao afirmar que a maioria dos brasileiros que mora nos EUA se considera conservador. Então, “tudo que os patriotas e seus familiares estão passando poderia ter acontecido conosco se estivéssemos no Brasil”.
Por isso, além de participar na campanha do Instituto Gritos de Liberdade, ela relata que os brasileiros nos EUA têm apadrinhado famílias de exilados do 8 de janeiro que chegam ao país.
“Não ajudamos com a travessia, mas depois que estão aqui dentro, nosso papel é fundamental”, aponta, ao citar que essas pessoas recebem roupas, acompanhamento para conseguir emprego e para solicitar asilo. “Inclusive, muitos chegam depressivos, e esse apoio é de extrema importância”, revela, ao parabenizar o Instituto Gritos de Liberdade pela ação de Natal.
A campanha de Natal segue até a próxima sexta-feira (20)
De acordo com a advogada Taniéli Telles, presidente da instituição, já foram arrecadadas cerca de 110 cestas para a campanha, que serão entregues, primeiramente, às famílias dos exilados na Argentina. Em reportagem divulgada no início deste mês pela Gazeta do Povo, esses exilados relataram estar vivendo em "situação de guerra".
“Eles precisam de tudo", relata a catarinense, ao explicar que as "cestas" serão entregues em três embalagens para cada família: dois sacos com alimentos não perecíveis, como arroz, feijão, açúcar, óleo e café, e outro especial com itens natalinos como panetone, pêssego em calda, suco, refrigerante e bolachas.
“Lembrando que há muitas crianças, então a gente pede que, quando você olhar seus filhos em casa e para sua mesa repleta, lembre que há pessoas precisando aqui”, diz a advogada, ao incentivar que mais doadores participem da ação. "Faltam 90 cestas", informa a advogada.
Segundo ela, o valor será arrecadado até a próxima sexta-feira (20) e também deve beneficiar familiares de envolvidos no 8/1 que permanecem no Brasil. “Queremos levar amor para essas famílias que tanto precisam de nós.”
Como ajudar na campanha de Natal
Para participar da campanha, basta enviar a doação de qualquer valor para o Pix do Instituto Gritos de Liberdade: 56.976.663/0001-09. Cada cesta custa R$ 350 e será entregue até o final desta semana.
Depois, a equipe do instituto informa que continuará seu trabalho humanitário de rotina, comprando medicamentos e materiais de necessidade para as famílias dos presos do 8 de janeiro. “Afinal, apesar das dificuldades, não podemos parar”, garante Taniéli.
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