O Ministério Público (MP) do Paraná ofereceu, na última segunda-feira, denúncia criminal contra o monitor do setor de recreação da loja infantil Caverna do Dino, localizada no Shopping Estação, no Centro de Curitiba. O rapaz, de 22 anos, é acusado de abusar de uma menina de 5 anos no banheiro da loja e de ameaçar a criança para evitar que fosse descoberto.
A denúncia do MP, assinada pela promotora Luciana Linero, soma-se à investigação promovida pelo Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria). O MP também ressalta o fato de que e violência sexual contra a criança ficou comprovada em laudo do Instituto Médico Legal (IML), realizado cerca de 10 dias após a passagem da menina pelo estabelecimento.
O rapaz está preso desde o início do mês após denúncia feita pela família da vítima no 1º. Distrito Policial. De acordo com a delegada Paula Brizola, do Nucria, a menina teria sido deixada na área de recreação no dia 3 de setembro, entre 18h30 e 19h30, enquanto a mãe da menina fazia compras.
O monitor teria levado a criança até um banheiro dentro da própria loja e a ameaçado de morte antes de cometer o abuso. Apesar de ter reclamado de dores logo que saiu do shopping, a menina só contou a história toda para a mãe após alguns dias.
O monitor da loja foi identificado com a ajuda da irmã da vítima, de 22 anos. Ela foi até a Caverna do Dino e após dizer que pensava fazer uma festa de aniversário no local, tirou fotos dos monitores. "Depois de ver a fotografia, a garota reconheceu o agressor imediatamente", diz a delegada.
"Simpático"
A reportagem da Gazeta do Povo esteve ontem no shopping. Segundo funcionários de lojas próximas a Caverna do Dino, o monitor era um rapaz "simpático e tranqüilo e que parecia se dar bem com as crianças". O monitor trabalhava no parque havia dois anos e, segundo informações obtidas pela reportagem, tinha total confiança da gerência do estabelecimento.
Segundo o advogado da loja, Douglas Haquim Filho, a Caverna do Dino vai auxiliar a Justiça em tudo o que for possível. Haquim Filho, no entanto, ressalta que a Caverna do Dino não emitiu, em nenhum momento, opinião sobre o possível crime cometido pelo ex-funcionário. "É o poder Judiciário que vai mostrar o que realmente houve."
Os advogados do monitor foram procurados pela Gazeta do Povo e afirmaram que irão se pronunciar hoje sobre o caso.
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