O Ministério Público (MP) do Paraná denunciou à Justiça seis pessoas acusadas de envolvimento no assassinato dos estudantes universitários Bernardo Dayrell Pedroso, de 24 anos, e Renata Waechter Ferreira, 21, mortos a tiros na madrugada do dia 21 de abril, em Campina Grande do Sul, região metropolitana de Curitiba. O casal foi morto depois de uma festa, promovida em uma chácara, em comemoração pelos 120 anos de nascimento do ditador alemão Adolf Hitler (1889-1945). As investigações apontam que eles foram executados por causa de uma disputa pela liderança do movimento neonazista no Paraná.

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A Promotoria de Justiça de Campina Grande do Sul denunciou Rodrigo Motta, Gustavo Wendler, Rosana Almeida de Oliveira, Ricardo Barollo, Jairo Maciel Fischer e João Guilherme Correa, todos por duplo homicídio qualificado. Barollo, que foi preso em São Paulo, seria o mandante do crime. Segundo as investigações da Polícia Civil, ele teria contratado Fischer para cometer o crime. Motta, Wendler, Correa e Rosana teriam dado apoio.

As investigações apontam que os estudantes foram atraídos para uma emboscada por Rosana, que estava na festa e teria pedido carona por estar passando mal. Eles foram seguidos por Motta, Correa e Fischer durante todo o trajeto. Quando voltavam para a festa, Wendler (que também estava no carro) convenceu os dois a pararem no acostamento. Neste momento, o veículo dos denunciados parou em frente ao carro das vítimas. Os dois foram obrigados a descer e foram mortos com tiros na cabeça, disparados por Correa e Fischer. Depois de matarem Bernardo e Renata, os denunciados teriam ligado para Barollo, em São Paulo, dizendo que a "missão" havia sido cumprida.

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Renata Waechter Ferreira era estudante de arquitetura na Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Bernardo Pedroso estudava Direito e morava em Belo Horizonte. Segundo pessoas ligadas ao movimento neonazista, Pedroso era tido com um "líder intelectual". Na festa da noite de 20 abril, ele teria feito um discurso, pedindo para os neonazistas pararem de agredir homossexuais e travestis, o que estaria atrapalhando a imagem do movimento.

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