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Tráfico

MP descobre disque-drogas em presídio

O Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) desvendou um esquema de disque-drogas que funcionava dentro da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Piraquara, na região metropolitana de Curitiba (RMC), a maior e mais antiga unidade do estado. Segundo as investigações, um preso fazia os contatos da cela, com um telefone celular, e a sua mulher entregava a droga para os clientes. O detento foi monitorado pelo serviço de inteligência da Promotoria de Investigação Criminal (PIC) do MP do Paraná.

A partir das investigações catarinenses, uma série de ações foram desencadeadas no Paraná e em Santa Catarina. Elas resultaram na apreensão de um celular na PCE, encontrado com o detento Luiz Carlos Araújo da Silva. A esposa do preso e sua cunhada foram presas em Fazenda Rio Grande, na RMC. Elas foram pegas com meio quilo de maconha e 15 gramas de crack por policiais ligados à PIC. Outras três pessoas foram flagradas com 10 quilos de maconha em Canoinhas, na Região Norte de Santa Catarina.

Tudo indica que os suspeitos vendiam drogas nos presídios dos dois estados. Além disso, atendiam outros traficantes no estado vizinho. A droga encontrada em Canoinhas teria saído de Fazenda Rio Grande.

O coronel Honório Bortolini, coordenador do Departamento Penitenciário (Depen) do Paraná, informou que a PIC vai investigar o caso. "A gente procura inibir o tráfico nas penitenciárias, mas isso poderia estar ocorrendo. O Depen apóia essa investigação", afirmou. Ele não soube informar se o preso que tinha o celular na cela e fazia os contatos para a mulher entregar a droga pertence a alguma facção criminosa.

O MP-PR deu suporte ao trabalho no Paraná, pois parte da quadrilha agia aqui. A ação da PIC foi realizada simultaneamente à operação que ocorre em Santa Catarina, coordenada pelo Centro de Investigação Especial do MP-SC, com apoio da Polícia Militar de Canoinhas.

Chacina

Há cerca de dois anos, o tráfico de drogas nos presídios resultou numa chacina em Colombo. A família de um traficante que fornecia drogas para internos da Colônia Penal Agrícola foi morta no bairro Alto Maracanã. Na ação do crime organizado morreram seis adultos e três crianças e outras duas pessoas ficaram feridas.

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