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Segurança

MP do Maranhão pede Força Nacional nas ruas

O Ministério Público do Maranhão (MP-MA) fez um pedido ao governo do estado para que solicite o apoio da Força Nacional de Segurança nas ruas de São Luís (MA). O ofício foi encaminhado ao secretário da Casa Civil do Maranhão, João Abreu, pela procuradora-geral de Justiça em exercício, Terezinha de Jesus Anchieta Guerreiro, para que haja policiamento ostensivo em toda a região metropolitana da capital. As informações são da Agência Brasil.

O superlotado complexo de Pedrinhas (com 1,7 mil vagas e 2,5 mil presos), em São Luís, registrou 62 mortes no ano passado e foi também de onde partiu ordens para atacar ônibus e delegacias da capital maranhense nos últimos dias.

No documento, o MP estadual destaca que a medida é necessária tendo em vista os recentes casos de violência e vandalismo praticados por ordem de líderes de facções e organizações criminosas e que espalharam medo na população. O Ministério Público pede ainda que seja instalado um gabinete de gestão integrada para acompanhamento da segurança pública no estado por todos os órgãos da área.

A Força Nacional está atuando com 150 homens na segurança do Complexo Penitenciário de Pedrinhas desde outubro, quando a crise no sistema prisional se agravou, com uma rebelião que deixou nove mortos e 20 feridos.

A situação do sistema carcerário no Maranhão é precária há pelo menos quatro anos.

O ofício do Ministério Público aponta ainda a necessidade de transferir, com urgência, para presídios federais, os detentos que ordenaram os ataques. Até às 22 horas de ontem, 22 detentos foram transferidos para outras penitenciárias federais.

Problema pontual

O subcomandante-geral da PM do Mara­nhão, coronel João Alfredo Nepomuceno, disse ontem que não vê a necessidade de envio de homens da Força Nacional de Segurança Pública para controlar a situação de violência no estado. Nepomuceno chamou o problema no complexo penitenciário de Pedrinhas de "pontual".

"Temos um problema pontual que já está sendo contido. A gente tem certeza que com essas ações a situação deverá rumar para a normalidade sem a necessidade de complemento de forças federais aqui", afirmou, em entrevista à Rádio Estadão.

O coronel disse que todos os envolvidos nos ataques dos últimos dias já foram presos ou identificados – no caso dos mandantes que já estão encarcerados. Ele defendeu as ações da polícia tanto na rua quanto no complexo penitenciário. "As ações nos presídios estão sendo bastante efetivas", disse.

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