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Compras supostamente irregulares – como a aquisição de 300 maçãs do amor, de quentão e de 20 quilos de linguiça – são questionadas pelo Ministério Público Federal (MPF), que conseguiu na Justiça o bloqueio dos bens de três pessoas ligadas à diretoria do Instituto Saúde de Ponta Gros­sa e o ex-presidente da Associa­ção Bene­­ficente Madre Pau­lina, Antonio Roberto Anjos Mansur. Eles são investigados por improbidade administrativa. Segundo o MPF, houve prejuízo de R$ 1,2 milhão aos cofres públicos.

Dispensa de licitação

O desvio teria ocorrido em 2005, quando o extinto Insti­tuto de Saúde de Ponta Grossa firmou oito termos de parceria com a Associação Beneficente Madre Paulina, mediante dispensa de licitação, para contratação de serviços de saúde. A promotoria alega que recursos de programas federais que deveriam ser aplicados na saúde pública foram usados para despesas questionáveis.

Além de Mansur, Alberto Olavo de Carvalho, que foi presidente do Instituto de Saúde e também ocupou o cargo de secretário municipal de Saúde, Amarildo Antonio Pramio e Carlos Clayton Lobato, ex-diretores administrativos da entidade, estão com seus bens in­­dis­­poníveis judicialmente desde a última quarta-feira.

A juíza Silvia Brollo decidiu acatar o pedido do MPF e colocou em indisponibilidade R$ 3,8 milhões – para suprir eventual ressarcimento dos recursos gastos e mais uma multa equivalente a duas vezes o valor gasto irregularmente. Os quatro citados na decisão judicial não foram localizados pela reportagem para comentar o caso.

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