Curitiba – O braço paranaense de empresas suspeitas de atuar em um esquema de corrupção similar ao que está sendo analisado na CPI dos Sanguessugas é alvo de outras investigações no Paraná. O grupo do empresário Silvestre Domanski responde a pelo menos três ações civis públicas propostas pelo Ministério Público estadual no ano passado e teve um convênio desaprovado no último mês de agosto no Tribunal de Contas do Paraná.

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Os procuradores do MP analisam contratos irregulares da aquisição de dois veículos de saúde nas cidades de Tomazina e Ibaiti, e para a compra de um microônibus escolar em Congoinhas. Nas duas primeiras cidades os recursos teriam origem no Ministério da Saúde e na terceira no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental (Fundef).

Tribunal de Contas

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Outro contrato firmado por Domanski, desta vez com a prefeitura de Cafezal do Sul em 1998, foi reprovado pelo TC, de acordo com os atos oficiais do tribunal publicados no último dia 25 de agosto.

A licitação para a compra de um veículo de saúde teria sido dirigida. Das quatro empresas que participaram do processo três eram da família Domanski: Maetê Comércio de Materiais Médicos e Odontológicos Ltda., Martier Comércio de Materiais Médicos e Odontológicos Ltda. e Domanski Instalação e Assistência de Equipamentos Médicos Odontológicos Ltda. As verbas foram repassadas pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano (Sedu).

Domanski não foi encontrado para esclarecer as acusações. Um dos advogados do grupo, Nelson Beltzac, informou que o empresário estava fora de Curitiba ontem e não poderia dar entrevistas.

Na última quinta-feira Domanski afirmou ser inocente de participar de processos ilícitos levantados pela Corregedoria-Geral da União (CGU). Segundo a CGU, Domanski é suspeito de fraudar licitações em cerca de 200 prefeituras no Brasil, 37 delas no Paraná.

Em Tomazina, a prefeitura teria comprado um ônibus seminovo da empresa Maetê por R$ 38 mil a partir de suposta fraude em licitação realizada em outubro de 1998.

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Em Ibaiti foi proposta uma ação civil pública por improbidade administrativa contra o ex-prefeito do município pela compra de um veículo por R$ 69 mil, em maio de 1998, com documentação forjada e processos licitatórios ilegais.

Em Congoinhas, um microônibus foi adquirido também em 1998 por R$ 55 mil em uma licitação feita com empresas do mesmo grupo.

Com as três ações, o MP busca restituir os cofres públicos em cerca de R$ 440 mil, em valores atualizados até 2005.