Dois servidores da prefeitura de Paiçandu, no Norte do estado, serão investigados pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) por suspeita de improbidade administrativa. Eles teriam participado de um esquema ilegal de venda de vacinas da gripe H1N1, no município, em 2012. A informação foi divulgada na tarde desta terça-feira (28) pelo MP.
Conforme a Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Maringá, as doses que deveriam ser distribuídas gratuitamente aos moradores, foram comercializadas a R$ 70 cada.
Segundo o MP, a investigação teve início após a denúncia de uma funcionária pública. Ela acusou um enfermeiro que chefiava um posto de saúde da cidade pelo comércio do material. Mas durante as investigações, a Promotoria descobriu que a denunciante - concursada como auxiliar de serviços gerais, mas que, à época das irregularidades, exercia a função de agente comunitário -, também fazia parte do esquema. Ela teria decidido revelar a ilegalidade após ter se desentendido com o colega.
Ainda de acordo com o MP, um casal de empresários de Maringá também deve ser investigado. Eles teriam comprado 30 doses e distribuído para suas famílias e funcionários das empresas nas quais são donos.
Como prova, a Promotoria tem depoimentos e gravações da denunciante. Além disso, o enfermeiro deve ser investigado por emitir atestados médicos falsos.
As punições nesses casos devem ser o ressarcimento integral dos danos e a perda da pública, conforme o MP.
A reportagem tentou entrar em contato com a prefeitura de Paiçandu, mas não obteve sucesso por causa do horário.
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