O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) vai investigar as causas do incêndio que destruiu os barracões de três escolas na Cidade do Samba, na zona portuária da capital fluminense. O inquérito instaurado pelo promotor Rogério Pacheco Alves vai analisar todos os laudos de vistorias do Corpo de Bombeiros, da polícia e da Defesa Civil para apurar se o desastre foi provocado por uma falha no sistema de prevenção dos barracões.
De acordo com o requerimento, o objetivo da investigação é identificar os responsáveis pelo episódio, que provocou danos ao patrimônio público e que poderia causar prejuízos ao carnaval carioca. O promotor estabeleceu um prazo de 10 dias para o envio dos laudos ao MP e solicitou um depoimento do Coronel Délio Neri e Silva, diretor-geral de Serviços Técnicos do Corpo de Bombeiros.
Funcionários de barracões que funcionam na Cidade do Samba relataram que o sistema de chuveiros para extinção de incêndio (sprinklers) era falho e que não havia pressão suficiente para que o equipamento pudesse controlar o fogo. O diretor de Manutenção da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), Edson Marcos, no entanto, negou qualquer falha no sistema de prevenção de incêndio da Cidade do Samba e disse que a quantidade de material estocado e o vento foram os responsáveis pela rápida propagação do fogo. Segundo ele, o foco inicial foi no barracão da Ilha do Governador.
"A propagação rápida ocorreu em função do vento, por isto o sistema não foi tão eficaz, mas funcionou", disse. Ele afirmou que todos os brigadistas de incêndio dos barracões combateram as chamas desde o início. O diretor de Carnaval da Liesa, Elmo José dos Santos, disse que apenas o laudo do Instituto de Criminalística Carlos Éboli vai definir o que provocou o fogo. A avaliação fica pronta em duas semanas. "Esta coisa de que o sprinkler não funcionou direito é conversa fiada. Sobre as causas, nós temos que esperar o laudo. O resto é suposição", disse. No entanto, ele reconheceu que a Cidade do Samba precisa de um técnico em segurança do trabalho.
A Liesa não arcará com a reconstrução dos barracões afetados. O contrato entre a Liga, a Prefeitura do Rio e a construtora Delta previa que em caso de incêndios, a construtora iria reerguer os prédios. Hoje, após uma vistoria prévia nos três galpões atingidos pelo incêndio na Cidade do Samba, o engenheiro representante da Defesa Civil municipal, Luiz André Moreira Alves, informou que toda a estrutura interna desses imóveis será demolida, do segundo ao quarto pavimento.
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