O Ministério Público paulista informou ontem que também vai investigar a denúncia de homofobia da publicação O Parasita, distribuída a estudantes da Universidade de São Paulo (USP) por e-mail. Uma representação da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo foi entregue ao procurador-geral, Fernando Grella Vieira, solicitando que um promotor acompanhe o caso.
Segundo a assessoria de imprensa do Ministério Público, ainda não foi nomeado um promotor para o caso. O nome deve ser conhecido na próxima segunda-feira. De acordo com o órgão, o caso foi encaminhado ao Centro de Apoio Cível, mas, se o promotor entender que houve crime, também haverá investigação na esfera criminal, além da cível.
O jornal publicou um texto que incitava violência contra homossexuais. A publicação O Parasita, que só circula por e-mail e tem periodicidade incerta, trouxe na última edição uma nota, supostamente escrita por um estudante de Farmácia, com o texto: "jogue merda em um viado" para ganhar "um convite de luxo para a Festa Brega 2010 (promovida por estudantes)". De acordo com o O Parasita, a faculdade "vem sendo palco de cenas totalmente inadmissíveis". A direção da Faculdade de Farmácia abriu uma sindicância para apurar o caso e responsabilizar os autores do texto. A Polícia Civil também investiga a responsabilidade da publicação.
O Diretório Central dos Estudantes da USP pediu em nota uma lei federal específica contra a homofobia. O DCE diz lamentar "que estudantes, com o argumento da brincadeira, possam incitar violência psicológica e física entre seus pares".