A promotora da 41ª Zona Eleitoral de Londrina (região Norte), Edina Maria Silva de Paula, vai se manifestar nesta sexta-feira (4) pela retomada das investigações sobre o suposto caixa dois na campanha de reeleição do prefeito Nedson Micheleti (PT). O inquérito da Polícia Federal (PF) está parado há 11 meses. A promotora disse que irá determinar o prazo de 60 dias para a conclusão dos trabalhos.
De acordo com Edina, o processo será encaminhado nesta sexta-feira para o cartório da 41ª Zona Eleitoral. De lá o material volta para o juiz Welington de Moura e só então segue para a Polícia Federal. Segundo o delegado Kandy Takahashi, faltam apenas alguns depoimentos para concluir os trabalhos.
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que havia concedido liminar favorável à defesa do PT para a suspensão do inquérito, recentemente julgou o mérito do recurso petista o considerando improcedente.
O advogado do partido, João dos Santos Gomes Filho, havia pedido o fim do inquérito porque a portaria inaugural do processo investigatório se baseia "em leis revogadas". Ele citou a Lei 9.100/95, que segundo ele foi criada para regular as eleições de 1996 e, por isso, não estaria mais em vigência. O entendimento do TRE é que a portaria de abertura do inquérito pode ser reformulada.
Gomes Filho apresentou novo recurso, desta vez junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília, questionando a decisão. Ele entende que, com este novo recurso, o inquérito continua suspenso. O Ministério Público tem entendimento diferente. Nesta quinta-feira, o advogado criticou a postura do MP: "Não entendo mais nada. Até agora (o inquérito) ficou parado. Há dois meses da eleição vai andar? Eu lamento profundamente o caminho que toma", reclamou, insistindo que a investigação é uma "questão política". "Nos 40 mandados de busca e apreensão (cumpridos durante as investigações) não encontraram um tostão na casa de ninguém", declarou.
As denúncias que originaram o inquérito foram feitas há um ano e partiram de Soraya Garcia, que trabalhou como assessora financeira da campanha petista. De acordo com a denunciante, o caixa dois teria chegado a mais de R$ 5 milhões.
O relatório parcial da PF, produzido depois de 30 dias de investigações, apontava cerca de R$ 135 mil de gastos não apresentados na prestação de contas da campanha. Parte desse valor seria comprovado com depoimentos, parte com documentos, principalmente notas de abastecimento de combustíveis.
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