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A Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos e Garantias Constitucionais, da Saúde Pública e da Saúde do Trabalhador de Londrina, no Norte do estado, requisitou nesta sexta-feira (25) a abertura de inquérito policial para apurar a conduta de 18 médicos que trabalham na cidade, em razão do recebimento de farta documentação encaminhada pela Vigilância Sanitária, que autuou tais profissionais.

O material encaminhado ao Ministério Público evidencia que os médicos prescreveram fórmulas para emagrecimento compostas de anfetaminas, ansiolíticos, diuréticos, extratos hormonais, laxantes e outros componentes, o que contraria normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Conselho Federal de Medicina, que entendem que este tipo de associação de substâncias é altamente prejudicial à saúde humana, podendo até matar.

O promotor de Justiça Paulo César Vieira Tavares, que pediu as investigações, afirma, por meio da assessoria do MP, que até a conclusão dos inquéritos os nomes dos envolvidos não serão divulgados.

O promotor conta que o MP-PR está atento à questão das fórmulas em decorrência do grande número de pessoas, em sua maioria mulheres, que sofre com os efeitos colaterais e negativos de tais produtos, como dependência física e psicológica, além de danos à saúde.

Denúncias

Em abril deste ano, a promotoria, ainda segundo a assessoria de imprensa do MP, denunciou um médico e dois farmacêuticos de Londrina por homicídio doloso pela morte de uma mulher em 2001, vítima da prescrição dos tais remédios de emagrecimento. No mês passado, outro médico da cidade e os donos de outra farmácia foram denunciados por tráfico de drogas e associação para o tráfico, pela prescrição, produção e venda das fórmulas com associações irregulares de medicação.

A reunião de substâncias como anfetaminas, ansiolíticos/calmantes, antidepressivos, laxantes, diuréticos e inibidores de apetite em um único produto ferem a portaria no 344/98, da Anvisa, e a resolução no 1.477/97 do Conselho Federal de Medicina.

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