A comunidade de Floresta, onde o estrago foi causado pela chuva e onde ocorreu uma morte| Foto: Aniele Nascimento/ Agência de Notícias Gazeta do Povo

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) encaminhou, nesta sexta-feira (3), uma solicitação para que as prefeituras de Paranaguá e Morretes adotem medidas para evitar que o Distrito de Floresta, no Litoral do estado, volte a ser habitado. A região foi uma das mais afetadas pelas chuvas de março. Para que não sejam realizadas novas construções ou reformas na área, que é considerada de risco, os promotores recomendam, se necessário, o uso de força policial.

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As recomendações são assinadas pelos promotores de Justiça Almir Carreiro Jorge Santos (Morretes) e Alexandre Gaio (Paranaguá). Eles pedem, ainda, que dentro de cinco meses ocorra a total desocupação do local. As prefeituras devem garantir abrigo para todas as famílias da localidade, até que seja concluído o processo do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) que visa a aquisição de uma área para o assentamento dos moradores.

Localizada em uma planície, a comunidade da Floresta foi atingida por uma grande quantidade de rochas, areia, argila e troncos de árvores que foram arrastadas pela chuva das encostas da Serra da Prata. Os deslizamentos destruíram plantações, residências e assoreou os rios Jacareí e Tingidor. Mesmo assim, algumas famílias continuam vivendo na região.

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Os promotores também fizeram recomendação à Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel) para que não sejam realizadas novas ligações de energia na localidade. Só poderão ser feitas religações temporárias, por no máximo cinco meses.

No último dia 20, a empresa Minerais do Paraná (Mineropar) divulgou o resultado de um estudo realizado na região. Segundo o laudo, Floresta é uma área de risco e não deveria voltar a ser habitada.

Encontro

Famílias atingidas pela chuva vão participar, neste domingo (5), do I Fórum das Comunidades do Litoral Paranaense. Representantes do governo estadual e das prefeituras de Morretes, Antonina, Paranaguá e Guaratuba também vão comparecer ao evento, que ocorre na sede da UFPR Litoral. Eles devem prestar esclarecimentos sobre a origem, destino e tempo de aplicação dos recursos para recuperação das áreas devastadas.

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Veja as imagens dos estragos provocados pela chuva no Litoral