A Promotoria de Justiça de Formosa do Oeste ajuizou nesta terça-feira (26) ação civil pública para que seja admitida uma equipe mínima de policiais civis para a comarca. Hoje as cidades de Nova Aurora, Jesuítas e Iracema do Oeste, além de Formosa do Oeste, apresentam um grande déficit de policiais. Para atender a uma população de aproximadamente 35 mil pessoas, existem apenas dois funcionários.

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Um delegado e um escrivão são os responsáveis pelo policiamento de toda a área, ficando cada um estatisticamente responsável por cuidar de 17.500 pessoas. No pedido de liminar, o promotor de Justiça Márcio Soares Berclaz requer que em 15 dias o Governo Estadual, por meio da Secretaria de Segurança Pública (Sesp), designe uma equipe permanente de policiais civis para atender as quatro cidades e que esta equipe seja composta por um delegado, dois escrivães e quatro investigadores.

No texto da ação o MP fala sobre os motivos da ação. "Mais do que sanar demanda emergencial na qual se constata a absoluta precariedade atual do número de policiais civis efetivamente lotados nas Delegacias de Polícia desta Comarca, com o manejo da presente ação civil pública objetiva o Ministério Público corrigir perversa distorção histórica responsável pela total e completa ausência e desestruturação humana da instituição da Polícia Civil no âmbito da Comarca de Formosa do Oeste/PR". A assessoria de imprensa da Sesp divulgou nota no final da tarde desta terça dizendo que ainda não foi notificada pelo Ministério Público. Segundo a Sesp, já existe um concurso aprovado pelo governo para a contratação de novos policiais civis. Assim que novos agentes foram integrados ao efetivo da Polícia Civil, as cidades que mais precisam irão receber mais policiais.

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O promotor Berclaz relatou que a Promotoria havia tentado a designação de novos policiais para as cidades de forma administrativa, junto à Sesp, mas o ofício enviado em agosto sequer foi respondido. Para o julgamento final da ação, a Promotoria sustenta a necessidade de manutenção de um grupo ainda maior de agentes em cada cidade, composto por dois delegados, quatro escrivães e oito investigadores para a comarca.