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São Paulo – O Ministério Público Estadual de São Paulo solicitou ontem ao delegado-geral da Polícia Civil, Marco Antônio Desgualdo, e ao comandante-geral da Polícia Militar, coronel Elizeu Eclair Teixeira Borges, que enviem em até 72 horas a lista de pessoas mortas entre os últimos dias 13 e 19, durante a repressão à onda de violência promovida pelo Primeiro Comando da Capital (PCC).

Os promotores pretendem usar os documentos para investigar se houve abuso de poder por parte dos policiais civis e militares. No pedido, eles informam que foi instaurado um procedimento administrativo preparatório e pedem cópias de todos os boletins de ocorrência referentes às mortes.

Durante um encontro com lideranças do PFL, o governador de São Paulo, Cláudio Lembo, voltou a afirmar que não houve exagero nas ações policiais.

"Eu acho que pode ter havido aqui e ali um eventual inocente, mas não houve matança em São Paulo. Isso não houve. Se houve matança em São Paulo, foi de policiais civis e militares."

Desde o último dia 12, quando os ataques começaram, morreram 109 suspeitos de envolvimento nos crimes, 41 agentes de segurança – entre policiais e agentes penitenciários – e 17 presos rebelados.

Foram contabilizados ao todo 299 ataques, incluindo incêndios a ônibus.

Investigações

Representantes de ONGs de defesa dos direitos humanos propuseram ao procurador-geral de Justiça de São Paulo, Rodrigo Pinho, que uma comissão com membros da sociedade civil acompanhe as investigações sobre a morte dos suspeitos.

"Temos informações de que há inocentes entre os mortos. O próprio governo já reconheceu essa possibilidade", afirmou o coordenador do Movimento Nacional de Direitos Humanos, Ariel de Castro Alves.

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