O leite processado pela Cooperativa Central Agroindustrial (Confepar), de Londrina, no Norte do estado, será alvo de investigação no caso da fraude cometida por cinco transportadoras do Rio Grande do Sul, que adulteravam leite cru adicionando 10% de água, além de ureia e amônia.
O inquérito que arrola a cooperativa será aberto nos próximos dias, confirmou ontem o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS). A Confepar detém as marcas Cativa e Polly.
De acordo com a assessoria de imprensa do MP-RS, a Confepar pode tanto ter participado da fraude quanto apenas ter confiado na informação do entreposto de que o leite era de qualidade. Em nota à imprensa, a Confepar informou que até o momento não tinha recebido nenhuma notificação oficial e que se coloca à disposição do Ministério Público no decorrer das investigações. Ressaltou ainda que está no mercado há mais de 30 anos e "sempre cumpriu com rigor seus procedimentos e controles internos de qualidade, com base na legislação vigente."
A Cooperativa Central de Captação de Leite (Coopleite) empresa integrada à Confepar informou que "aguarda a apuração dos fatos para identificação dos responsáveis pelo ocorrido a fim de tomar as medidas cabíveis e reitera seu compromisso com a qualidade".
Todo o leite do entreposto Marasca, no município de Sebalch (RS) era vendido para a Confepar. Na operação Leite Compen$ado deflagrada pelo Ministério da Agricultura no último dia 8 para investigar a fraude do leite em vários estados, inclusive no Rio Grande do Sul, foram presas preventivamente oito pessoas, entre elas o veterinário do entreposto Marasca, Daniel Villanova.
O promotor da Defesa do Consumidor de Londrina, Miguel Sogayar, afirma que as denúncias envolvendo a Confepar são muito graves e precisam ser investigadas.
Análise laboratorial
Além de ureia com formol, o leite adulterado por empresas transportadoras do Rio Grande do Sul também estava contaminado por coliformes fecais. O resultado da análise realizada na água coletada em poço artesiano de uma propriedade de Ibirubá (RS) foi divulgado ontem e apontou a presença das substâncias. No laudo, emitido pelo laboratório de análises físico-químicas e microbiológicas da Univates, consta também a ausência de cloro, o que significa que a água não era própria para consumo humano.
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora