Polícia vai ouvir na terça-feira esposa de piloto de GO
A Polícia Civil de Goiás vai ouvir na terça-feira Erica Barbosa, de 23 anos, sobre os possíveis motivos que levaram o companheiro dela, Kleber Barbosa da Silva, de 31 anos, a agredi-la com um extintor de incêndio, sequestrar a filha do casal, Penélope, de 5 anos, e roubar um avião bimotor na tarde de quinta-feira, em Luziânia.
Pai e filha morreram na queda da aeronave, horas depois, no estacionamento de um shopping center de Goiânia
Sob efeitos de sedativos e ainda se recuperando da agressão, Erica adiantou para familiares que no dia da tragédia teve uma discussão com Kleber.
Logo que foi socorrida, avisou que a filha corria perigo. "Achem logo o Kleber, ele vai matar a neném", disse, segundo relato da amiga Valquíria Nascimento
Na manhã de ontem, ainda de cama, a mãe de Penélope leu notícias do acidente e ficou abalada quando soube que a Polícia Civil investiga a denúncia de que Silva teria estuprado uma adolescente de 13 anos na segunda-feira. "Eles eram apaixonados" relata Valquíria. "É um momento desesperador para ela, que aos poucos está conhecendo o homem com quem viveu durante seis anos.
Na quinta-feira, depois do casal passar dois dias em Caldas Novas, a 170 km de Goiânia, Silva pediu para a mulher faltar mais um dia aos estudos. "Ele pediu para Erica acompanhá-lo numa viagem para Anápolis", disse Valquíria. Erica não teria dado detalhes da suposta discussão. Contou apenas que Penélope assistiu à agressão ocorrida logo em seguida. O delegado Manoel Borges, da 8ª DP de Goiânia, considera que a denúncia de estupro pode ter contribuído para que Silva cometesse a sequência de crimes no dia 12. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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O Ministério Público Federal (MPF) vai investigar a possibilidade de falhas de órgãos federais na queda de um bimotor na última quinta-feira no estacionamento de um shopping center de Goiânia, segundo o procurador da República Raphael Perissé. "Deve-se estabelecer se houve ou não falhas na segurança do espaço aéreo brasileiro." Após sequestrar a filha de 5 anos, Kleber Barbosa da Silva, de 31 anos, roubou a aeronave em Luziânia e, horas depois, pai e filha morreram na queda do avião.
"Precisamos saber qual foi a responsabilidade do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta) e do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra) no caso", completou o também procurador Marcello Santiago Wolff. "Porque o Mirage - caça da Força Aérea Brasileira (FAB) - só faria a segurança de Brasília no episódio?"
O comandante-geral da Polícia Militar de Goiás, coronel Carlos Antonio Elias, convocou para a próxima semana uma reunião extraordinária para analisar o ataque ao shopping e estabelecer ações preventivas para casos semelhantes. "Eu fiz o percurso que ele (Kléber Barbosa da Silva) fez, verifiquei locais onde deu os rasantes e conclui que uma enorme tragédia poderia ter ocorrido" disse ontem o coronel. O militar explicou que nessa reunião extraordinária serão destacadas as vulnerabilidades daquela área e definidas algumas medidas conjuntas com as forças de segurança sobretudo a FAB.
Trata-se do segundo caso do gênero em Goiás. Em 29 de setembro de 1988, o maranhense Raimundo Nonato Alves da Conceição sequestrou um Boeing 737 da Vasp, em Belo Horizonte, e desviou para Brasília, onde pretendia lançar a aeronave sobre o Palácio do Planalto. Levado para Goiânia, atirou na perna do comandante Fernando Murilo de Lima como retaliação. Acabou detido e morto pela Polícia Federal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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